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Tales Torraga

REPORTAGEM

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No Brasil, Copa América repetirá sede pela primeira vez desde 1924

Troféu da Copa América exibido em Bogotá (Colômbia), em 2019 - Anadolu Agency/Getty Images
Troféu da Copa América exibido em Bogotá (Colômbia), em 2019 Imagem: Anadolu Agency/Getty Images

Colunista do UOL

31/05/2021 11h40

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A Conmebol anunciou, na manhã de hoje, que a Copa América será realizada no Brasil, país que tem mais de 462 mil mortes por covid-19 e que ocupa o 2° lugar no mundo com mais óbitos em decorrência da doença.

O comunicado surge horas depois de a entidade suspender a Argentina como sede do evento justamente por conta da pandemia da covid-19.

Raridade histórica

Além de toda a questão sanitária que envolve a realização da Copa América, a decisão da Conmebol surpreende também ao se contextualizar a história da competição. Sede da Copa América em 2019, o Brasil vai realizar o torneio continental pela segunda vez consecutiva, o que não ocorria desde 1924, quando o Uruguai recebeu a competição (então anual) duas vezes seguidas. De lá para cá, a Copa América chegou até a abrir mão da sede fixa (nas edições de 1979 e 1983), mas jamais repetiu o país-sede.

Criada em 1916, a Copa América de 2021 será a 47ª da história, a sexta realizada no Brasil. Além das edições de 2019 e 2021, o país recebeu a competição também em 1919, 1922, 1949 e 1989.

Surpresa na Argentina

As TVs da Argentina reagiram com surpresa ao anúncio da Conmebol nesta segunda. As principais emissoras elogiaram a postura do presidente, Alberto Fernández, que ontem declarou à rádio AM 990: "Frente ao risco interno, vou somar um risco externo? É verdade que não é muita gente que vai se mobilizar, mas um que esteja infectado já vai propagar a doença a um ritmo enorme".

E ninguém colocava o Brasil na lista das candidatas a receber o torneio. A opção que tinha mais força, segundo as emissoras argentinas, seria o Chile, que acabou enfim não substituindo a Argentina como anfitrião.