Entrevista de Jorge Jesus é outro tapa na cara do futebol brasileiro
Pela primeira vez desde que chegou ao Brasil, Jorge Jesus esteve em um programa ao vivo. Foi segunda-feira no Jogo Sagrado da Fox Sports, comandado por Benjamin Back, o Benja.
Por mais de duas horas o português esteve aberto, seguro, sincero (a sinceridade que já foi confundida com arrogância). Só deixou de responder a algumas poucas perguntas que pudessem revelar coisas importantes sobre o Flamengo e dar munição aos adversários.
Desde que desembarcou no Rio de Janeiro, Jorge Jesus foi derrubando mitos e deixando atarantada toda a comunidade de treinadores brasileiros, que até agora ainda parece não entender bem o que está acontecendo.
1- Assim que chegou, transformou o time do Flamengo em uma máquina de vencer, escalando jogadores que seu antecessor Abel Braga não conseguia escalar juntos.
2- Escalou o melhor que poderia na grande maioria dos jogos, sem poupar jogadores e empilhou vitórias e títulos.
3- Nunca deixou de jogar agredindo adversários, mesmo quando já tinha um placar confortável nas partidas. É ataque até os 50min do segundo tempo.
4- faz o time reserva jogar com a mesma intensidade do titular.
Jorge Jesus é bom na prática e também no discurso, como comprovou na Fox . Deu a melhor entrevista de um técnico em território nacional em muito tempo. E derrubou mais um mito: dá pra ser sincero, direto, espontâneo e profundo diante dor jornalistas.
Por aqui as referências impactantes até então eram os auto-elogios de Luxemburgo (o "inventor de tudo" o que aconteceu no futebol), a arrogância meio folclórica de Renato Gaúcho ou o jeito ranzinza de Muricy Ramalho. O que aconteceu segunda-feira foi de "outro patamar".
Jesus falou sobre suas preferências (jogar no 3-5-2). chorou ao falar do pai, nomeou quuais jogadores estiveram abaixo do nível no jogo contra o Liverpool, entre muitas outras coisas.
E chegou ao topo, ao cutucar o treinador da Seleção Brasileira atual e, de certa forma, seus antecessores. Disse que Tite pode decidir o Brasileirão com a convocação para a Copa América (desfalcando o Flamengo e outros times por dez rodadas) e insistiu que não é aceitável que o Brasil fique tanto tempo sem ser campeão do mundo pela quantidade de bons jogadores que o país produz.
Mais um tapa na cara bem dado - de muita gente. Por Jorge Jesus. (Arnaldo Ribeiro e Eduardo Tironi)
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