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Newsletter: Quando nem tudo que importa é medalha

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O Brasil fechou o quadro de medalhas das provas de natação do Mundial de Esportes Aquáticos com 0000 (zero ouro, zero prata, zero bronze, zero tudo), igualzinho havia sido em 2023, quando isso aconteceu pela primeira vez em 16 anos.

Mas não há como dizer que a campanha foi ruim. Pelo contrário, tirou um sorriso do torcedor. Ninguém chegou ao pódio, mas foram três quartos lugares, dois quintos, e uma impactante sensação de que, finalmente, as coisas estão melhorando.

Diferente do que vinha fazendo há anos, desta vez a CBDA levou uma seleção enxuta ao Mundial. A lista de resultados ruins, assim, também foi bem menor. Primeiro as boas notícias:

Maria Fernanda Costa. De desconhecida a finalista dos 200m e dos 400m livre, com dois recordes sul-americanos em cada prova. Quarta na final dos 400m, quinta nos 200m. Existe um degrau ainda grande até o pessoal que deve disputar medalha em Paris, mas alcançar duas finais olímpicas está longe de ser um sonho. Gabrielle Roncatto, quinta nos 400m livre, também pode pleitear.

Stephanie Balduccini finalmente conseguiu melhorar suas marcas nos 100m livre. Duas vezes: 54s07 na semifinal, 54s05 na final. Ainda falta 0s02 para o recorde sul-americano, mas há de se considerar que ela foi ao Mundial pesada, com treino focado para a NCAA, que é disputada em jardas, e tendo como prioridade os revezamentos.

O 4x200m livre feminino finalmente melhorou o recorde sul-americano que vinha desde 2016, e fez isso com muita folga. Foi quarto em um Mundial esvaziado, em que os EUA nem se classificaram à final. O caminho até uma medalha olímpica é muito longo, mas o Brasil está disposto a percorrê-lo. A disputa para fazer parte do time deverá ser uma atração da seletiva olímpica. No 4x100m livre o time não é tão forte, mas foi sexto no Mundial.

Guilherme Costa se distanciou um pouco mais no posto de grande nome da natação masculina brasileira (ao menos enquanto Bruno Fratus está se recuperando de lesão). Foi quarto na final dos 400m livre, chegando ao top4 pela terceira vez seguida, e alcançou a final dos 200m livre pela primeira vez, terminando em oitavo.

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Se até outro dia o 200m peito feminino era a prova mais fraca da natação brasileira, agora o país tem uma finalista mundial. Gabrielle Assis foi sétima, e passa a ter os 11 melhores tempos do país na prova.

Agora o problema: nem Gabrielle nem Stephanie (nos 100m livre) fizeram índice olímpico. A World Aquatics exige, nas duas provas, marcas fortíssimas, que nem finalistas de Mundial alcançam. Nos 200m peito, só as três primeiras colocadas nadaram abaixo. As duas correm sério risco de não irem a Paris nas provas individuais. Stephanie ainda entre nos revezamentos. Gabi, nem essa opção tem.

Já nas provas de velocidade masculinas, a sensação é de que o Brasil vai ladeira abaixo. O 4x200m livre, que já campeão mundial em piscina curta e pleiteou medalha olímpica, nem à final passou. Fernando Scheffer, bronze em Tóquio, nadou mal tanto o revezamento quanto os 200m livre. Não foi nem à semifinal. Breno Correia fez só 49s29 nas eliminatórias dos 100m livre.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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