Técnicos reclamam da qualidade, e vôlei do Pan desliga o desafio de vídeo
O torneio masculino de vôlei dos Jogos Pan-Americanos não terá desafio de vídeo até a final. A decisão foi tomada depois de o sistema contratado pela PanAm Sports, organizadora do Pan, causar muitas reclamações de técnicos no torneio feminino.
Responsável pela parte técnica e esportiva do vôlei, a NORCECA, que é a federação de vôlei das Américas do Norte e Central, pediu que os organizadores contratassem o sistema de vídeo challenger utilizado pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB) em torneios como a Liga das Nações.
Esse sistema, porém, foi considerado muito caro. Um plano B era contratar a Federação Mineira de Vôlei (FMV), que têm os equipamentos de um sistema italiano, mas a PanAm optou por uma empresa nova, bem mais barata, que tinha um produto não homologado.
"Mesmo ele não sendo homologado, nós fizemos um esforço para tentar utilizar. Adicionamos seis novas câmeras e o colocamos em utilização no torneio feminino. Mas os pixels das imagens não nos permitiam dizer se uma bola tocou ou não no bloqueio", explicou Cristóbal Marte, dominicano que comanda a NORCECA.
Além disso, o sistema não tinha um simulador que indicasse com precisão e rapidez uma bola fora ou dentro. "O vídeo challenger tem que servir para tirar as dúvidas, e sete lances tiveram que ser anulados, ao longo do torneio feminino, porque ele gerou mais dúvidas", alegou.
Ao fim da competição feminina, uma reunião selou a decisão de não utilizar o sistema no campeonato masculino. "Se ele já deu problema no feminino, em que a bola vai mais devagar, você imagina o que poderia acontecer no masculino", comentou Marte.
O torneio masculino começou ontem, quando o Brasil venceu a Colômbia por 3 a 0. Na segunda rodada, hoje, a seleção brasileira conquistou sua segunda vitória, agora sobre o México, também por 3 a 0. Amanhã, pega Cuba. O torneio segue com quartas de final, na quinta, semi, na sexta, e a final será no sábado.
Reportagem
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