Marília Ruiz: O sucesso do 'mancinismo' corintiano é a obviedade
Não vou gastar minhas linhas aqui falando da importância do mapa de calor de Gabriel para o Corinthians de Mancini. Também não preciso encher o texto de estatísticas e explicações táticas (que são brilhantemente esmiuçadas por colegas) para lembrar da diferença que faz um time que tem uma defesa arrumada.
A chegada de Mancini ao desastroso Corinthians-2020 até então coincide com a chegada de Fábio Santos. A defesa se arrumou. O time deixou de ser "manco" pela direita. Fagner, sobrecarregado e pressionado, melhorou. Gil e Cássio idem.
O Mancini fez milagre?
Não. Montou um time.
E time de futebol, exceção feita aos times dotados de craques incontestes que podem ser empilhados em campo em qualquer posição, tem goleiros, laterais, laterais, V O L A N T E S...
Aos poucos, o Corinthians saiu das cordas, recobrou a "consciência" e passou a jogar bola.
Quando chegou ao clube, Mancini deu uma entrevista-manual de agradar a sua nova clientela: afirmou que o Corinthians iria parar com aquela bobagem rock 'n 'roll, recuperaria o seu jeito de jogar, deixaria de dar sustos e subiria na tabela.
Bom, sem segredos e fazendo só isso aí mesmo, o Corinthians recuperou aquilo que se esperava dele. O futebol sofrível passou a ser equilibrado, depois eficiente, e até bonito muitas vezes
É o melhor time do Brasil? Não. Está no tal G8. O limite é muito pouco além disso.
Os 5 a 0 sobre o Fluminense desta quarta foi o ápice do "mancinismo" até aqui - mas vamos com calma...
A verdade, entretanto, é que o grande feito do Mancini até aqui foi recolocar o torcedor corintiano em frente à TV para assistir futebol.
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