Topo

Marília Ruiz

Eleições no SPFC: Em campanha, MAC considera biografia seu principal trunfo

Marco Aurélio Cunha, candidato à presidência do São Paulo FC, com o conselheiro vitalício José Willy Luciano Giaconi (à esquerda) - Reprodução
Marco Aurélio Cunha, candidato à presidência do São Paulo FC, com o conselheiro vitalício José Willy Luciano Giaconi (à esquerda) Imagem: Reprodução

25/06/2020 15h59

Pré-candidato e favorito para encabeçar a chapa "Resgate Tricolor", Marco Aurélio Cunha tem intensificado as visitas e os encontros para fortalecer a sua candidatura à presidência do SPFC. Ao seu lado, agora o favorito para a vaga de cadeira mais importante do Conselho Deliberativo: Marcelo Portugal Filho.

"Tenho feito sim vários encontros e reuniões. Tudo agora é sobre o São Paulo", disse Cunha ao ser perguntado pelo blog sobre o encontro com o conselheiro José Willy Luciano Giaconi, que apoiou as eleições de Juvenal Juvêncio, Carlos Miguel Aidar e Leco recentemente.

A foto do encontro acima, conseguida por essa blogueira, mostra Giaconi, um dos 160 vitalícios que junto com os 100 eleitos formam o colégio eleitoral, ao lado de MAC na porta de sua casa nesta semana (nota desta colunista: máscara na mão não pode, não deve e não serve!).

Apesar das muitas reuniões, Cunha segue refutando que já seja candidato. "São dois ou até três nomes da oposição que podem ser candidatos."

Reafirmar e frisar ser de oposição, mesmo não sendo ainda candidato oficial, foi repetido várias vezes pelo médico na entrevista por telefone nesta tarde.

Os principais pontos seguem abaixo:

* O senhor tem feito campanha durante a quarentena? Essa foto é recente?

"O outro lado está preocupado, hein? (por causa da foto a que o Blog teve acesso e sobre a qual o questionou). Sim, estou me encontrando com conselheiros, fazendo reuniões. Estou fazendo tudo direito, mantendo o distanciamento, e falando com os conselheiros sobre as nossas ideias."

* O grupo é de oposição? O senhor não apoiou o Leco?

"Não fiz parte da gestão Leco. Não tive cargo nenhum. Do nosso lado devo ter apenas uma pessoa que está na situação neste momento. Eu apoiei a campanha do Leco, mas não fiz parte dela. Estamos montando um grupo de oposição."

* O que o senhor tem dito para convencer os conselheiros a votar em você?

"Não vou convencer que sou melhor ou pior. O que eu estou oferecendo a minha biografia, os anos que eu já trabalho com futebol, o que eu já fiz e os resultados que eu entreguei."

* Mas qual é a proposta principal?

"Temos que mudar a situação: temos uma dívida grande; um time que não se sustenta; há anos que não há estabilidade para os técnicos. Isso sem fazer mágica. O mundo mudou. Temos que criar coisas diferentes, gerar receitas com moviments novos de marketing. Estamos vendo a Europa sem público, mas vendendo ingressos 'para colaboração', a iniciativa das fotos nos estádios. Tem que mudar. E o time tem que ser menos caro."

* Sobre o futebol feminino, estando de volta da CBF onde coordenou o departamento, o que faria de novo no São Paulo?

"O futebol feminino do SPFC é novo. Quando estava na CBF, criei junto com o Manoel Flores (diretor de competições) a Série A 2 da modalidade, que proporcionou mais times grandes do mesmo Estado a chance de acesso. No São Paulo, temos que criar recursos próprios para o futebol feminino, um marketing próprio. Futebol feminino não é caro. Um jogador caríssimo a menos e já dá para pagar um ano de futebol feminino."

*

A entrevista foi curta e certamente menor do que eu fiz nesta semana com o já candidato Júlio Casares. Convidado a fazer o mesmo, Cunha preferiu aceitar o convite só quando for formalizado candidato. "Em julho ou agosto. Não há pressa. Às vezes ficar falando muito não é bom."

Esse Blog reservará espaço para quando o candidato quiser falar: muito ou pouco.