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Clubes aderem a pacto da ONU e assumem compromisso com sustentabilidade

O Atlético-MG marcou um verdadeiro golaço fora dos gramados. O Galo anunciou na última terça-feira (20) a sua adesão ao Pacto Global das Nações Unidas, rede de sustentabilidade corporativa da ONU, que possui como pilares os dez princípios universalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção.

Segundo o advogado Fernando Monfardini, Compliance Officer do Atlético-MG, a importância de estar no Pacto Global é de trazer o esporte para uma rede de sustentabilidade.

"Acreditamos que o esporte pode ser um vetor de mudanças, inspirando as pessoas e outras organizações a iniciarem a melhoria das suas práticas. O futebol pode ser melhor, reduzindo seus impactos negativos, como nos resíduos, gasto de energia e de água e emissão de GEE. Mas também podemos aumentar os muitos retornos positivos que trazemos. No Galo vimos que a nossa estratégia já estava direcionada para isso. Por exemplo, a Arena MRV foi construída pensando em medidas de sustentabilidade e temos uma reserva dentro da área do estádio. A adesão ao Pacto Global vem para aprendermos e avançarmos mais nas práticas de sustentabilidade", afirmou.

"Nossa meta é fortalecer as ações em prol dos princípios universais de sustentabilidade, e avançar em medidas que apoiem o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável", disse o CEO do Atlético-MG, Bruno Muzzi.

Para a advogada Mônica Sapucaia, especialista em direitos humanos, o Pacto Global da ONU é importante para todos.

"É um passo bastante importante esse dado pelo Atlético-MG. O pacto é talvez o movimento social mais importante do mundo. Trata-se de um componente que tem apostado trabalhar com um viés de convencimento e não de imposição sobre a necessidade de, principalmente, se comprometer com os direitos humanos e ambientais", afirma.

"Importante citar que depois que você vira signatário, essas demandas passam a ser obrigatórias. Esse cumprimento é embasado em um relatório que precisa ser apresentado anualmente. Então, é muito importante para o futebol, levando sua importância de diálogo internacional e comunitário, estar envolvido com essa Pacto", acrescenta a advogada.

Esses objetivos de desenvolvimento sustentável são parte essencial da Agenda 2030, proposta pela ONU em 2015, que visa promover o desenvolvimento sustentável.

Os dez princípios pilares Pacto Global da ONU são:

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As empresas devem apoiar e respeitar a proteção dos direitos humanos, reconhecidos internacionalmente;

Garantir a sua não participação em violações dos direitos humanos;

As empresas devem apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo à negociação coletiva;

A abolição de todas as formas de trabalho forçado e obrigatório;

Abolição efetiva do trabalho infantil;

Eliminação da discriminação no emprego;

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As empresas devem apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais;

Realizar iniciativas para promover a responsabilidade ambiental;

Encorajar o desenvolvimento e a difusão de tecnologias amigas do ambiente; e

As empresas devem combater a corrupção em todas as suas formas, incluindo extorsão e suborno.

O Pacto Global da ONU conta com mais de 24 mil participantes, em 167 países. No Brasil, o Coritiba e o São Paulo também aderiram ao Pacto Global. O Diretor Executivo de ESG, Riscos e Compliance do Tricolor, Roberto Armelin, destaca que:

"Nossa adesão ao Pacto Global destaca o comprometimento do Clube com práticas cada vez mais sustentáveis. Além de fomentar os pilares do ESG em nosso Programa Integridade Tricolor. O Esporte, como o fenômeno social mais potente que existe para emocionar e engajar as pessoas, pode e deve participar ativamente da importante Agenda 2030. Fico muito feliz de ver mais clubes aderindo ao Pacto Global, e especialmente de contarmos com o reforço desse grande profissional que é o Fernando Monfardini", declarou.

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"Os clubes precisam estar presentes como agentes de transformação. É muito importante que tenhamos participação direta no compromisso com a sustentabilidade ambiental. Fazemos a nossa parte ao realizar inúmeras ações efetivas e, consequentemente, influenciamos as pessoas na sociedade. O que nós realizamos nos bastidores do clube e nas principais organizações de futebol estão conectados com as pessoas envolvidas", explica Rodrigo.Weinhardt, gestor de projetos do Coritiba.

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