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Decisões reforçam que gestores do esporte precisam agir contra a corrupção

De vez em quando é importante passar por aqui para deixar uma mensagem de esperança. E dessa vez ela vem de decisões da principal instância jurídica do movimento privado do esporte que cobram responsabilidade do gestor do esporte.

Dando uma pesquisada sobre decisões do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) sobre questões de governança no futebol para um trabalho de conformidade no esporte, encontrei uma decisão que diz que "é fundamental que dirigentes do futebol não sejam apenas honestos, eles precisam ser vistos como honestos". Daí que regras privadas determinam que não basta silenciar ou não praticar ato relacionado à corrupção, é preciso agir.

E não foi só essa. Já se encontram outras decisões do principal tribunal esportivo que exigem do gestor do esporte uma conduta ativa de preservação da integridade. Ou seja, o cerco está se fechando.

Esta revolução em relação ao comportamento dos gestores do esporte está acontecendo, mas ela é recente. E isso é fácil de você confirmar. Só para exemplificar, a primeira versão do Código de Ética é de 2004 e muitas alterações no avanço da integridade foram feitas desde então. Mas tem mais.

O Comitê de Ética da FIFA não tem nem 20 anos, é de 2006! Mas foi só depois do Fifagate (2015) que ele começou a punir importantes dirigentes do futebol mundial envolvidos em escândalos. Alguns como Valcke, Platini e Blatter.

E importante … não importa se esses avanços nos regramentos privados foram catalisados por escândalos, por denúncias da imprensa, para melhorar a imagem e/ou por pressão externa. O que importa é avançar.

Foi por tudo isso, mas no esporte e na vida é assim…

As pessoas abrem mão de um pouco do poder em função do medo, da pressão externa, da força da luta como escrevia Ihering. É essa pressão que está mudando a governança no mundo e pode mudar a governança esportiva no Brasil. Por isso que aviso aos desavisados, investir em integridade é sobrevivência.

As decisões cada vez mais presentes do próprio movimento jurídico do esporte, como do TAS, reforçando regras internas de conformidade são uma conquista. Se o ambiente ainda está longe do que queremos, importante é olhar um pouco pra trás e ver como ele já avançou!

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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