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Acordo da CBF com Polícia Federal é passo importante na proteção do esporte

Na semana passada, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deu um passo importante e necessário pela manutenção da integridade no futebol brasileiro. A entidade firmou um acordo de cooperação com a Polícia Federal na qual se compromete a informar imediatamente qualquer caso suspeito de manipulação de resultado identificado pela Sportradar - empresa que monitora as principais partidas do futebol mundial.

Em ofício enviado às federações estaduais, a entidade explica que a PF "passará a ser copiada em todos os ofícios reportando novos casos suspeitos detectados pela Spostradar e encaminhados ao STJD, TJD's, Comissão de Ética e Federações"; e a "CBF encaminhará à Polícia Federal todos os relatórios, ofícios e outros documentos pertinentes a jogos tidos como suspeitos, anteriores à formalização da cooperação, para a devida apuração e adoção das medidas cabíveis".

Para a advogada Roberta Codignoto, especialista em integridade e compliance, o acordo de cooperação é um avanço importante, mas que é preciso também em ações educacionais e de conscientização.

"Tal cooperação é um passo importante para que a Polícia Federal possa contribuir para o combate da manipulação de resultados de forma mais efetiva, identificando indícios, padrões e informações que possam levar ao desmantelamento de organizações criminosas que atuam nesse setor. De fato, é um passo. No entanto, vejo integridade no futebol como algo muito mais amplo, que não envolve somente punição. Precisamos sim identificar e punir, o que eu chamo de ações para o hoje. Mas precisamos trabalhar fortemente em ações de educação e conscientização, para prevenir e evitar que isso ocorra no futuro", analisa.

O consultor de integridade e jornalista Fred Justo também considera o acordo benéfico. Ele ressalta, porém, que a CBF precisa avançar em outras medidas.

"Parece ser bastante benéfico para a agenda da integridade no futebol. Passa a impressão de que finalmente alguma coisa prática começa a ser feita para mitigar a manipulação de resultados. Mas a CBF precisa fazer mais, ela tem a obrigação de prevenir e educar atletas, árbitros e dirigentes, algo que a entidade ainda não faz de forma efetiva", avalia.

O Ministério da Justiça alocou o delegado Daniel Mostardeiro Cola, chefe da Coordenação de Repressão à Corrupção, para coordenar os trabalhos junto à CBF. A Polícia Federal recebeu acesso ao sistema da entidade para ter acesso ao banco de dados criado com informações de todos os relatórios emitidos pela Sportradar.

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