COI reconhece eSport como esporte. Mas caminho olímpico segue distante
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Esporte eletrônico é esporte? Sim, pelo menos para o Comitê Olímpico Internacional. O Comitê se manifestou, e disse que considera o eSport e suas competições como esporte, ou "atividade esportiva". Mas isso quer dizer que ele agora passa a ser uma modalidade olímpica? Não é bem assim.
Faz tempo que o esporte eletrônico tem ocupado a mesa de conversas do movimento olímpico. O rápido desenvolvimento das competições virtuais não passou despercebido pelo Comitê, que sabe do gigantesco número de jovens interessados e de um negócio cheio de investidores interessados em colocar um bom dinheiro.
Segundo o jornal espanhol A Marca, o Comitê diz que a competição eletrônica pode ser considerada uma 'atividade esportiva', já que os jogadores se preparam e treinam com uma intensidade que pode ser comparada a dos atletas nos esportes tradicionais. Disse também que ele está demonstrando forte crescimento, especialmente entre jovens de diferentes países, e podem fornecer uma plataforma compatível com o Movimento Olímpico.
No entanto, embora o COI tenha emitido essa declaração, ele também explica que, para que seja um esporte eletrônico seja olímpico no futuro, haveria uma série de condições. Ele precisaria ainda dar passos importantes.
- Para que o COI os reconheça como um esporte, o conteúdo dos eSports não deve infringir os valores olímpicos.
- Além disso, ele exige das entidades filiadas a existência de uma organização que garante que as regras do Movimento Olímpico (antidoping, apostas, trapaça, etc.) sejam seguidas.
Parece simples, mas não é. O esporte eletrônico tem uma organização diferente dos esportes tradicionais. A desenvolvedora do jogo é que manda nela, nas regras, e no negócio. Ela funciona como uma federação, mas completamente independente.
A pergunta é: ela estaria disposta a abrir mão dessa independência para pertencer ao movimento olímpico?
Acho que essa conversa ainda vai longe. E, meu palpite, esse casamento só sai se o COI ceder ainda mais.
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