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OPINIÃO

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Seleção do FIFA 22 reforça interação entre futebol real e virtual

Seleção FIFA 22 - Divulgação/EA Sports
Seleção FIFA 22 Imagem: Divulgação/EA Sports

Colunista do UOL

15/06/2022 04h00

Maignan; Alexander-Arnold, Marquinhos, Van Dijk e Theo Hernández; Tchouaméni, De Bruyne e Modric; Mbappé, Benzema e Salah. Que tal essa equipe? Gostaria de ver com a camisa do seu time? Ela foi montada baseada apenas em jogadores que estão na Seleção da Temporada Ultimate do FIFA 22, o famoso game simulador de futebol. Afinal, o quanto a interação entre o jogo e a realidade são válidas e aplicáveis quando estamos falando do esporte mais popular do planeta?

Obviamente, quem já jogou futebol no videogame sabe que aplicações táticas totalmente fidedignas à realidade estão longe de ser uma preocupação. Que o diga quem utilizou o lateral Roberto Carlos e seu chute explosivo no ataque do Winning Eleven. Porém, cada vez mais é interessante ver como os games esportivos estimulam as novas gerações a conhecer mais, se informar mais e assistir com maior frequência aos mais diversos campeonatos.

Nenhum dos nomes exibidos na Seleção foge muito do que assistimos ao longo da temporada. Do futebol italiano, o campeão Milan tem o goleiro Maignan, o lateral esquerdo Theo Hernández e o meia Rafael Leão, enquanto o Napoli tem o zagueiro Koulibaly. A Inglaterra completa com: Rúben Dias, João Cancelo e De Bruyne (Manchester City); Van Dijk, Alexander-Arnold e Salah (Liverpool) e o solitário Cristiano Ronaldo (Manchester United).

Da França: Marquinhos e Mbappé (PSG); Ben Yedder e Tchouaméni (Monaco) e Lucas Paquetá (Lyon). Da Espanha, os Reis da Europa: Benzema, Modric e Vinícius Júnior (Real Madrid). A Alemanha fecha com Nkunku (RB Leipzig), Kimmich e Lewandowski (Bayern de Munique) e Bellingham (Borussia Dortmund).

Os simuladores de futebol e o número de transmissões cada vez maior nos canais de televisão fazem com que os campeonatos europeus estejam no centro das atenções especialmente de faixas etárias mais baixas. Sim, é evidente que o fato de não poder utilizar os clubes brasileiros com seus jogadores devidamente licenciados nos games faz com que os mais jovens busquem cada vez mais as potências europeias como ponto de interesse.

Enquanto esporte eletrônico, ainda é difícil atrair audiência não nichada para o futebol virtual. Afinal, à parte de aprender novas técnicas e estratégias (algo, obviamente, voltado a quem joga o game), não faz muito sentido assistir a partidas de futebol virtual, e não real. Porém, a relação entre jogo e realidade se mostra cada vez maior, com um auxiliando os grandes assuntos do outro e fomentando um crescimento a longo prazo.

Em ano de Copa do Mundo, os games de futebol sempre têm nas mãos uma oportunidade enorme de amplificar ídolos e apresentar a quem ainda não conhece alguns grandes nomes e revelações do esporte mundial. Os mais tradicionais olharão torto para isso, é evidente, mas os videogames não são sinônimo de alienação. Podem renovar públicos e amplificar outras modalidades. Basta saber trabalhar.