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Programe-se: GP do Qatar
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Os protagonistas da F-1 estrearam o paddock de Losail nesta quinta-feira, mas o assunto dominante ainda é uma manobra que aconteceu a 12.000 km dali.
Às 11h (de Brasília) começou a audiência da FIA com representantes da Mercedes. A equipe alemã pede a reabertura das investigações sobre a manobra de Verstappen contra Hamilton na 48ª volta do GP de São Paulo.
Para reabrir o caso, a FIA precisa entender que uma nova e relevante evidência surgiu. Todos já sabemos qual é: o vídeo da câmera onboard do holandês, que não estava disponível para os comissários de Interlagos na primeira análise.
As imagens mostram Verstappen demorando demais para virar o volante na Curva do Sol, no momento em que Hamilton já o ultrapassava pela liderança. Quando o faz, vai no limite da zebra, jogando o inglês para a área de escape. Ele próprio perde a tangência e sai da pista.
Hamilton reclamou pelo rádio, a FIA abriu investigação, Mercedes e Red Bull apresentaram seus argumentos. Minutos depois, os comissários decidiram que nenhuma ação seria tomada.
Onze voltas depois, Hamilton tentou novamente uma ultrapassagem, desta vez bem-sucedida, exatamente no mesmo ponto do circuito. Venceu o GP, com Verstappen em segundo.
Caso a FIA aceite reabrir o caso e considere Verstappen culpado, ele poderá ter tempo adicionado ao resultado da corrida. Se forem acrescentados 10 segundos, por exemplo, ele cairá para a terceira posição no GP e sua vantagem no Mundial de Pilotos será reduzida de 14 para 11 pontos.
Enquanto os representantes da equipe alemão conversavam com a FIA, Verstappen se defendia na entrevista coletiva oficial no autódromo do Qatar.
"Eu correria o risco de rodar se virasse o volante mais para a esquerda", disse o holandês. "Não preciso rever as imagens. Eu estava pilotando, sei exatamente o que aconteceu."
Já Hamilton disse que reviu o incidente. "Minha opinião mudou, mas não estou gastando tempo com isso. Quero me concentrar nos ajustes do carro e no meu preparo mental para este fim de semana", declarou.
A espera pela decisão da FIA não é a única mudança na rotina de Verstappen nesta quinta-feira. Avesso a caminhar pelos circuitos nas vésperas dos treinos, o holandês hoje andou pelos 5.380 metros de Losail, pista tradicional na MotoGP mas que nunca recebeu a F-1. Se está acontecendo agora, tem muita a ver com o sonho da categoria em atrair a Volkswagen, como expliquei aqui.
Os relatos de quem está por lá indicam que os pilotos encontrarão dificuldades para encontrar o balanço ideal dos carros e escolher os tipos de pneus: o asfalto é bastante abrasivo, mas a pista é constantemente invadida por rajadas de areia.
Segue a programação do GP do Qatar, 20ª etapa do Mundial, no traço fino do Pilotoons...
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