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Red Bull promete manter agressividade na reta final da F1
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Na busca pelo primeiro título desde 2013, a Red Bull tomou uma decisão importante para a reta final de campeonato: vai manter a postura agressiva, a despeito dos 12 pontos de vantagem de Verstappen para Hamilton.
E o motivo é justamente este: a folga na pontuação. Para Horner, chefe da equipe, a margem conquistada pelo holandês ainda é insuficiente para relaxar ou assumir uma conduta mais conservadora.
"Temos que atacar. Doze pontos não são nada e podem desaparecer muito rápido, como já vimos. Então vamos continuar agressivos nos finais de semana de corrida. Faltando cinco GPs, ainda há 130 pontos para disputar e a pressão só aumenta", disse o dirigente inglês.
A ideia da Red Bull é conseguir pelo menos duas vitórias nas cinco etapas que restam: México, Brasil, Qatar, Arábia Saudita e Abu Dhabi.
De preferência, logo nos dois próximos GPs.
A boa notícia para Verstappen é que os circuitos mais favoráveis para seu motor devem ser exatamente os da Cidade do México e de São Paulo, cidades na altitude.
Os três últimos, no Oriente Médio, possuem outro ponto em comum: longos trechos em retas, que em tese favorecerão a Mercedes.
"Precisamos vencer dez corridas se quisermos levar o campeonato. Então ainda faltam duas vitórias", afirmou Marko, conselheiro da Red Bull, que não esperava chegar à 18ª etapa do campeonato com a vantagem atual. "As últimas corridas foram em pistas da Mercedes, mas em vez de chegarmos ao México com um déficit, estamos 12 pontos à frente."
Boa parte dessa vantagem se explica pela estratégia agressiva adotada no GP dos EUA, 17ª etapa do Mundial, no domingo. A Red Bull levou para o circuito de Austin asas traseiras menores, que deixaram seus carros mais "nervosos" mas os aproximaram das Mercedes nas retas.
Na corrida, a Red Bull também ousou. Antecipou o primeiro pit stop de Verstappen, surpreendendo os rivais. Após o GP, integrantes da Mercedes reconheceram que ficaram sem ação quando viram o holandês entrar para a primeira troca de pneus.
O cálculo de Marko faz sentido e tem algum embasamento histórico. Na história da F-1, apenas uma vez um piloto conquistou dez vitórias e não foi campeão ao fim da temporada.
Aconteceu com Hamilton, em 2016. Rosberg teve uma vitória a menos, mas foi mais regular ao longo do ano e conquistou o título na última etapa da temporada com cinco pontos de vantagem.
Historicamente, 7 vitórias era uma espécie de número mágico. Apenas quatro vezes um piloto chegou a esta marca e não se sagrou campeão: Schumacher em 2006, Raikkonen em 2005 e Prost em 1988 e 1984. Mas os campeonatos eram mais enxutos, é preciso lembrar.
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