Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Verstappen: uma pilha de nervos
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Eram pouco mais de 10 minutos do segundo treino livre em Austin quando Hamilton e Verstappen se estranharam na pista. O inglês mergulhou na última curva, obrigando o holandês a fazer uma tangência mais aberta.
"Idiota estúpido", gritou o holandês, oferecendo o dedo médio para o rival.
Não foi só. Cerca de 20 minutos depois, recém-calçado com pneus novos, Verstappen surpreendeu sua equipe e deu uma guinada para os boxes.
"Estou entrando. Foda-se", disse.
Ele reclamava de ter sido atrapalhado numa tentativa de volta rápida.
Acontece o tempo todo. Não justifica reação tão agressiva.
É este o ponto. As duas atitudes não foram consequências daqueles problemas pontuais, momentâneos. Foram resultados de algo muito mais preocupante.
O holandês está sentindo que terá um fim de semana difícil pela frente. Mas isso, de certa forma, já era esperado: em 8 GPs até hoje em Austin, foram 5 vitórias da Mercedes.
O principal problema é que, justamente na reta final do campeonato, ele começa a perceber que está perdendo o controle da situação. Está uma pilha de nervos.
Já se falou em motor, já se falou em suspensão... Fato é que a Mercedes virou o jogo e hoje tem o melhor carro da F-1.
O cronômetro está aí para provar. O mais rápido hoje, na abertura dos treinos para o GP dos EUA, foi Bottas.
Na primeira sessão do dia, o finlandês fez 1min34s874, 0s045 melhor do que Hamilton. Verstappen foi o terceiro, a 0s932, um abismo. Na sequência vieram Leclerc e Sainz.
À tarde, a turma se ocupou mais de simulações de corrida. Os tempos foram mais altos, e Pérez liderou: 1min34s946. Norris foi o segundo, a 0s257. Depois vieram Hamilton, Bottas e Ricciardo. O nervosinho do dia ficou só em oitavo, diferença de 0s878 para o companheiro.
Se algo traz um alento para a Red Bull são as trocas de motores de dois pilotos que poderiam atrapalhar seus planos. Bottas trocou o motor a combustão e perderá cinco posições no grid. Russell trocou toda a unidade de potência e sairá do fim do pelotão.
(Vettel também largará do fundão, mas em situações normais não deveria interferir na vida de Verstappen e Pérez.)
Entre o fim do segundo treino livre e o início da próxima sessão, no sábado, há um intervalo de 21 horas.
Verstappen vai esfriar a cabeça? Ou entrará em parafuso?
É importante prestar atenção no temperamento do holandês.
Numa categoria tão tecnológica, os nervos de um garoto de 24 anos podem ser a chave do Mundial.
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