Erro de Verstappen escancara equilíbrio da F-1

Verstappen errou numa curva. E foi parar lá no meio do pelotão.

Aconteceu nesta sexta-feira, no segundo treino livre para o GP da Espanha, em Barcelona. É um caso real, um exemplo que escancara o quão próximos os carros estão hoje na categoria.

A sessão estava na metade quando o holandês calçou pneus macios e foi para sua tentativa de volta lançada, tentando demover as Mercedes das primeiras posições, acelerando forte para ganhar o dia.

Uma volta lançada. Uma única chance. E Verstappen errou. Chegou forte demais na curva 10 _exatamente o trecho que passou por modificações para este ano_, deu uma leve balançada e viu as chances irem pelo ralo.

É do jogo, tudo normal, acontece o tempo todo no automobilismo. Mas o erro custou a imagem da equipe nesta sexta. Verstappen terminou apenas em nono, uma posição à frente de Pérez, que também não conseguiu encaixar uma volta voadora.

As Mercedes conseguiram. E terminaram o primeiro dia de treinos na frente. Liderança para Hamilton, com 1min18s170, 0s139 melhor do que Bottas.

Sem as Red Bulls ali na frente, Leclerc se encaixou em terceiro lugar, seguido pelos Alpines de Ocon e Alonso. Em Portugal, o francês conseguiu a sexta posição no grid, é bom lembrar.

Apesar do deslize, Verstappen deu declarações cheias de confiança. "Cometi um erro, fui pra sujeira, mas no geral acho que tivemos um bom dia. O carro parece estar bem competitivo e vamos tentar melhorá-lo ainda mais para amanhã. Não há nada de esquisito no que aconteceu hoje", disse o holandês.

Hamilton, como de praxe, também disse estar confiante com o carro, mas aproveitou para ressaltar justamente a proximidade entre as equipes: "É incrível ver o progresso que McLaren, Ferrari e Alpine estão conseguindo. Não é mais apenas a Red Bull".

Eu incluo a AlphaTauri nesse caldeirão. A equipe não foi tão bem nas primeiras corridas do ano, mas tem potencial para andar mais forte. Hoje, aliás, veio logo atrás da Alpine: colocou Gasly em sexto e Tsunoda em sétimo.

Os recados que ficam da sexta-feira, portanto, são: não façam a besteira de minimizar o potencial da Red Bull na definição do grid e não se assustem se surgir uma "intrusa" nas primeiras filas.

Ah, sim: o dia também valeu para matar a saudade de um grande cara. Kubica participou do primeiro treino livre do dia, pilotando o carro de Raikkonen. Foi o penúltimo colocado, é verdade, mas isso é o que menos importa. Cada vez que ele pilota um F-1 é como que a reafirmação de um milagre. Viva a vida!