Yane Marques é a nova presidenta da Comissão dos Atletas do COB
Yane Marques, do pentatlo moderno, foi eleita presidenta da Comissão dos Atletas do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) em eleição virtual realizada nesta terça-feira (12). Yane é bicampeã dos Jogos Pan-Americanos e ganhou medalha de bronze na Olímpiada de Londres, em 2012.
Diferentemente da última eleição, na qual não houve concorrentes, três atletas se candidataram à Presidência da comissão: Yane Marques, Diogo Silva, do taekwondo, e Barbara Seixas, do vôlei de praia. Yane recebeu 73% dos votos; Diogo e Bárbara tiveram 11% cada.
Fabiano Peçanha, do atletismo, com 60% dos votos, foi eleito vice-presidente da comissão, seguido por Rodrigão, do vôlei, com 24%, e Fernanda Nunes, do remo, com 16%.
De forma remota, devido ao aumento do contágio da covid-19, Yane foi a escolhido para comandar a Cacob até os jogos olímpicos de 2024 na França. A pentatleta terá pela frente o desafio de manter as conquistas da última gestão, que foi gerida por Tiago Camilo, do judô, e teve a própria Yane como vice. Dentre essas conquistas, a que mais impactou foi a atualização do estatuto do COB, que aumentou o número de atletas com direito a voto de 12 para 19.
Outro passo importante foi a inclusão do presidente e vice da Cacob como membros do conselho administrativo e a realização do primeiro fórum das comissões dos atletas, com 33 representantes de comissões esportivas, um marco histórico para melhorar o diálogo entre as comissões das confederações e do COB.
Dentro desses novos voos está a atualização do artigo 50 da Carta Olímpica que proibi manifestações políticas e religiosas na esteira do caso da atleta Carol Solberg, do vôlei de praia, que foi indiciada e absolvida pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), por dizer "Fora, Bolsonaro" após a conquista de um bronze no circuito brasileiro de vôlei de praia.
A comissão vai precisar criar um entendimento nacional sobre o tema e passar a tratar a condição de se manifestar pela vida e direitos humanos como um direito do atleta, assim como o combate ao racismo, que entrou como pauta importante no novo ciclo do COB.
Novas conquistas também são necessárias. Entre elas um aporte financeiro para que os atletas possam gerir a pasta com maior autonomia e a ampliação do plano educacional feito pelo IOB (Instituto Olímpico Brasileiro), que hoje atende somente os atletas em transição de carreira. O plano deveria incluir os atletas que participam dos jogos escolares e olimpíadas da juventude, preparando a juventude de forma continuada, com debates de como a importância do olimpismo, fair play (jogo limpo), assédio moral, racismo, rede social e controle antidoping.
Junto com a comissão dos atletas, tomou posse o atual presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Paulo Vanderlei, que vai para seu segundo mandato. Também foram empossados os membros do conselho administrativo, que terá um novo integrante: Junior Maciel, presidente da Confederação Brasileira de Taekwondo.
O COB tem orçamento recorde para 2021: R$ 388 milhões, um aumento de 20% na comparação com 2020. Já as 32 federações olímpicas brasileiras dividirão R$ 150 milhões (o maior valor desde 2001) em recursos referentes ao aporte das loterias federais. É um aumento de 25% na comparação com 2020.
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