Diego Garcia

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Acusado de chefiar máfia de apostas obtém habeas corpus para deixar prisão

A Justiça de Goiás concedeu um habeas corpus em favor de Romário Hugo dos Santos, conhecido como Romarinho, considerado um dos chefes da quadrilha responsável pela máfia das apostas no futebol brasileiro.

A decisão veio após pedido de Matheus Segala e Mayara Baldo, advogados de defesa de Romarinho, e foi publicada na semana passada.

Com isso, o ex-jogador foi liberado para deixar a prisão e será monitorado por tornozeleira eletrônica, conforme determinou o acórdão, assinado pelo relator Murilo Vieira de Faria, da 3ª Câmara Criminal de Goiás.

A defesa de Romarinho disse à coluna que ele já foi solto e agora aguarda a sentença definitiva do processo.

A decisão diz que Romarinho deve comparecer mensalmente em juízo para informar e justificar suas atividades, além de comparecer aos atos judiciais quando solicitado, estar proibido de mudar de endereço sem aviso prévio, de manter contato com os demais acusados ou testemunhas e ainda desempenhar atividades ligadas a apostas esportivas.

Ele estava preso desde 18 de abril do ano passado. Sua defesa havia tentado o habeas corpus anteriormente, mas sem sucesso. Desta vez, eles citaram que outro acusado foi liberado no fim do ano, razão pelo qual o mesmo benefício deveria se estender ao seu cliente.

De acordo com a denúncia, Romarinho é um dos cabeças do esquema de manipulação de resultados que atingiu o futebol brasileiro.

Segundo o Ministério Público de Goiás, ele é um "integrante com atuação relevante na organização criminosa, principalmente no financiamento do grupo e também viabilizando as promessas e entregas de valores espúrios aos atletas". Ou seja: era ele um dos principais intermediários para pagar os valores empregados nas corrupções e manipulações dos eventos esportivos.

O MP diz também que ele aliciava os jogadores em prol do grupo criminoso, além de efetuar cobranças e intimidar fazendo menção a uso de arma de fogo aos atletas que não cumprirem o prometido.

Foi ele, por exemplo, que manteve conversas com Gabriel Tota, do Juventude, para negociar a corrupção esportiva, encaminhando comprovante de pagamento e tratando também com Paulo Miranda, outro do Juventude, sobre a manipulação de um cartão amarelo.

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