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Diego Garcia

REPORTAGEM

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Galo oferece sede à penhora em dívida com agente, mas Justiça rejeita

Torcida do Atlético-MG em clássico contra o Cruzeiro no Mineirão - Bruno Cantini / Atlético
Torcida do Atlético-MG em clássico contra o Cruzeiro no Mineirão Imagem: Bruno Cantini / Atlético

Com Thiago Braga, colaboração para o UOL

23/09/2021 13h24

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A Justiça de São Paulo rejeitou um recurso do Atlético-MG contra uma decisão em processo movido pelo empresário André Cury, por uma dívida pela contratação do atacante Franco Di Santo.

O Galo havia oferecido uma sede administrativa do clube em Lourdes, que já tem penhoras fiscais como garantia à execução, o que foi rejeitado pelo relator do processo, em decisão publicada no começo desta semana.

"Denota-se que sobre o imóvel ofertado à penhora recaem penhoras de créditos tributários, os quais possuem preferência", afirmou o relator.

O empresário já havia conseguido a hipoteca de 49,9% do Shopping Diamond Mall, registrada na matrícula do imóvel, em 17 de agosto, em nome da empresa Like Assessoria Esportiva e Propaganda, de Cury.

O fato, inclusive, foi citado pelo relator.

"De se concluir que a averbação na matrícula de outro imóvel requerido pela parte agravada, este livre e desembaraçado de penhoras e também de propriedade da parte agravante, desponta muito mais condizente com o valor da execução", escreveu.

As partes negociavam a composição de um acordo no mês passado e, por isso, o empresário havia pedido a suspensão da penhora de bens do Atlético-MG. Porém, quando estavam prestes a assinar o acordo, o clube fez novos pedidos, e as conversas esfriaram.

Além disso, o empresário viu o clube oferecer a dívida de Fred na Justiça como garantia e ainda percentuais em vendas futuras de atletas.

No fim de 2017, Fred e Atlético-MG acertaram a rescisão do vínculo contratual entre as partes. Temendo que o camisa 9 acertasse seu retorno ao Cruzeiro, o Galo se protegeu e fez o jogador assinar um acordo em que Fred se comprometia a pagar R$ 10 milhões ao Atlético-MG se assinasse com o Cruzeiro, o que de fato ocorreu.

O Galo acionou o jogador na CNRD (Câmara Nacional de Resoluções de Disputas), da CBF e ganhou em primeira e segunda instância o direito de receber os R$ 10 milhões.

Assim, o Atlético-MG considera que tem um título executivo, que hoje deve estar na casa de R$ 20 milhões.