Topo

André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Renato Augusto, Rodrigo Caio e o toque de classe quando o corpo permite

Rodrigo Caio, jogador do Flamengo, durante partida contra o Goiás no Maracanã pelo campeonato Brasileiro A 2022.  - Thiago Ribeiro/AGIF
Rodrigo Caio, jogador do Flamengo, durante partida contra o Goiás no Maracanã pelo campeonato Brasileiro A 2022. Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Colunista do UOL Esporte

25/01/2023 09h16

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Rodrigo Caio não jogava desde julho. Mais de 150 dias longe dos campos. Apenas 12 partidas pelo Flamengo em 2022.

Voltou no empate por 1 a 1 com o Bangu, no Raulino de Oliveira, acompanhando a garotada. Era para estar com o grupo principal na preparação para a Supercopa do Brasil, mas em Volta Redonda conseguia mais uma vitória entre tantos reveses na carreira.

A cada toque na bola, mesmo o mais simples, a técnica acima da média. A inteligência para liderar os meninos e a empatia e a total compreensão da dor do companheiro Noga, que saiu contundido minutos depois de entrar no lugar do próprio Caio, que atuou por 60 minutos e nada sentiu.

Difícil para Vitor Pereira contar com o zagueiro de 29 anos e físico castigado por seguidas lesões. Mas toda vez que estiver em campo, mesmo em uma partida que valeu apenas pelo gol de Lorran, 16 anos, o mais jovem a marcar gol pelo time profissional do Flamengo, o nível do futebol praticado no Brasil invariavelmente sobe.

O mesmo vale para Renato Augusto, que até teve um 2022 produtivo: participou de 50 partidas, marcou cinco gols e serviu oito assistências. Pela primeira vez atuando por 90 minutos na temporada, liderou o Corinthians na virada sobre o Guarani por 2 a 1. Na Neo Química Arena, casa do time cujo rendimento depende muito do mando de campo.

Mas também de seu camisa oito. O homem das inversões da esquerda para Fagner, da finalização característica com efeito que já salvou o time paulista tantas vezes. Da assistência com incrível categoria para Roger Guedes empatar.

A recorrência de lesões e os períodos de afastamento, mesmo aos 34 anos, não são os mesmos de Rodrigo Caio. Mas Fernando Lázaro sabe que nem sempre poderá contar com o melhor e mais importante meio-campista do elenco. Resta a sabedoria de administrar os minutos possíveis para os momentos mais importantes.

Nos dois casos, o toque de classe quando o corpo permite. Cabe ao time aproveitar e ao torcedor desfrutar.