Allan Simon

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ReportagemEsporte

Nardini exalta Super Bowl in loco pela ESPN e projeta 'efeito Taylor Swift'

A ESPN terá equipe completa in loco na transmissão do Super Bowl LVIII, que acontece no próximo domingo (11) em Las Vegas, nos Estados Unidos. O confronto entre Kansas City Chiefs e San Francisco 49ers vai definir o campeão da temporada da NFL e será exibido pela Disney no canal ESPN 2 e no serviço de streaming Star+.

O time enviado pela ESPN ao Allegiant Stadium, local do evento, será liderado pelo narrador Fernando Nardini, que contará ainda com Paulo Antunes e Conrado Giulietti no estádio.

A coluna enviou algumas perguntas a Nardini, que respondeu com exclusividade falando sobre a nova oportunidade de viver e transmitir diretamente do palco da final as emoções e acontecimentos que contarão a história de mais um Super Bowl.

Nardini abordou suas expectativas para a grande decisão, a oportunidade de novamente estar in loco em um Super Bowl, a coincidência de datas com o fim de semana do Carnaval, e até sobre o fator "Taylor Swift" como possível agregador de públicos diferentes à audiência do evento. A cantora mantém um relacionamento com Travis Kelce, jogador do Chiefs. O narrador já prevê os olhares da transmissão voltados para a artista.

"Trazer para si uma parte da 'fan base' da Taylor Swift é muito importante para a NFL e não vão deixar de mostrar ela com toda certeza. De fato é uma personalidade que engrandece ainda mais essa 58ª edição do Super Bowl", disse Nardini.

Confira abaixo a entrevista completa:

A gente sempre ouve narradores de futebol falando que um evento in loco é diferente, que a emoção e o contato com o jogo mudam muito, especialmente em coisas gigantescas como uma Copa do Mundo. No caso da NFL, em um evento como o Super Bowl, quais são os diferenciais que o fato de estar presente no local do jogo traz para a transmissão?

Nardini: A narração in loco é completamente diferente. Primeiro porque você consegue olhar muito mais do que as câmeras podem te mostrar, então dá para reparar em muitas outras coisas que a transmissão não vai focar. Fora o ambiente, estar ali. É um som ensurdecedor dentro do estádio. Eu lembro que em Los Angeles era difícil ouvir o Paulo [Antunes] que estava do meu lado no retorno. O volume estava no talo, no máximo, e eu mal conseguia me ouvir e ouvir ele. Eu olhava para o Paulo para saber o que ele estava dizendo. É uma atmosfera elétrica, aquilo te empolga e você acaba passando uma emoção, uma outra sensação para quem está em casa.

Quando você foi para o primeiro Super Bowl in loco, você disse que pegou dicas com o Everaldo Marques e que até então tinha feito poucas coisas no local em narrações até de futebol. Como você chega agora para esse novo Super Bowl, trazendo a experiência na bagagem de já ter feito um jogo desse porte no estádio?

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Nardini: Em termos de futebol americano, claro que o Evê era a referência. Mas tiveram muitos outros. É que eu acompanhei mais o Evê e vi de perto ele narrar o Super Bowl em 2020 em Miami. E aquilo foi uma experiência muito enriquecedora. Eu já fazia jogos de futebol americano na época, só que estar ali e ver tudo acontecer de perto é algo completamente diferente. E dali em diante eu comecei a fazer mais, então agora eu tenho mais 'horas de voo'. Tenho uma bagagem maior, já com a experiência de fazer um Super Bowl in loco no SoFi Stadium em Los Angeles, e agora já consigo trocar o nervosismo por um proveito maior da transmissão, curtir mais o momento. Lógico, ainda com frio na barriga. Para quem não viaja tanto, a primeira transmissão é muito tensa, porque é muito diferente. Agora, imagino eu que seja possível aproveitar um pouco mais.

Quais são as suas expectativas para a audiência e repercussão deste Super Bowl no Brasil, considerando que esse ano a data do jogo caiu bem no meio do Carnaval, e também que a NFL está mais consolidada em TV aberta com a RedeTV! e com o trabalho mais amplo de vocês na ESPN e Star+?

Nardini: A gente sabe que tem menos gente em casa num dia como esse, mas o fã de NFL é muito fiel e ele espera muito por um Super Bowl. Sabe que só vai voltar a ter NFL em setembro, então eu imagino que o fã de futebol americano vá consumir da mesma forma. Se vai conseguir furar a bolha e atrair mais gente até por conta do elemento Taylor Swift, essa é uma dúvida. Foi muito legal ter a companhia de todos durante a temporada, a ESPN do Brasil é o canal que mais passa jogos da NFL no mundo e a gente tem nossa forma de fazer a cobertura muito ampla ao longo da temporada. Tem muita coisa, muito conteúdo e esperamos que cada vez mais gente chegue. Que consumam a NFL. Claro, sempre querendo que venham para o nosso lado.

Qual sua expectativa para a partida? São duas equipes com ataques muito criativos e defesas muito sólidas. Tem algum favorito?

Nardini: Acredito que vai ser um jogo espetacular. Os times já se enfrentaram no Super Bowl LIV e já foi um jogo sensacional, uma virada do Kansas City no último período. De novo são duas ótimas equipes, os Chiefs resolveram seus problemas no ataque e tem uma defesa muito forte. O ataque de San Francisco também é poderoso e tem muitas armas. Acredito que vai ser um grande jogo, tem muitas histórias, muitos elementos. O Patrick Mahomes tentando conquistar seu terceiro título em 7 anos na liga. Do outro lado o Brock Purdy que foi a última escolha do draft do ano retrasado tentando ser o jogador de mais baixa pick no draft, conhecido como 'Mister Irrelevant', a conseguir um título do Super Bowl. Imagino San Francisco favorito, mas vai ser bem legal.

A Taylor Swift trouxe muitos novos olhares pra NFL nesta temporada. Como foi lidar com esse público novo e você está se preparando de alguma forma até para abraçar as fãs dela que estarão na audiência deste domingo?

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Nardini: A Taylor Swift é um case para a temporada. No relacionamento dela com o Travis Kelce, ela meio que 'sequestrou' a NFL para ela. Muitas atenções voltadas para a Taylor, a liga, claro, surfando esse 'evento' que ela é, esse monte de gente que ela arrasta, e a NFL furou a bolha, muita gente nova chegou por conta dela. Ela estará no Japão, vai ter que fazer um contorcionismo enorme para chegar a tempo e assistir ao Super Bowl, mas é um negócio muito impressionante. O fã de NFL, independentemente da Taylor Swift, fica meio bravo pelas câmeras mostrarem a todo momento ela, mas de novo, a liga está surfando o momento. A liga quer atingir mais pessoas. Trazer para si uma parte da 'fan base' da Taylor Swift é muito importante para a NFL e não vão deixar de mostrar ela com toda certeza. De fato é uma personalidade que engrandece ainda mais essa 58ª edição do Super Bowl.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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