Como ex-BBB pode ajudar o projeto olímpico do Brasil no basquete 3x3
A participação em uma das edições do reality show Big Brother Brasil pode fazer Fernando Medeiros ajudar a delegação brasileira a brigar por medalhas em nova disciplina olímpica a partir dos Jogos de Tóquio-2020. Praticante do basquete 3x3, o jogador utiliza seu alcance nas redes sociais para divulgar a modalidade e investe em um programa de formação voltado para o esporte.
Nascido no Rio de Janeiro, Fernando tem 35 anos e foi terceiro colocado no BBB15, disputado em 2015. Apesar do sucesso no reality show, o carioca não investiu em uma possível carreira de celebridade, como muitos participantes do programa decidem fazer, e manteve o foco em seus projetos pessoais. Entre eles, o basquete, esporte que pratica desde os 12 anos de idade.
"Acho o seguinte: mesmo que tenha participado do programa, quando eu saí eu nunca tentei virar outra coisa. Tive 350 mil propostas, mas continuei fazendo meus projetos, continuei com o basquete, com a cultura. Acho que até por isso tive essa imagem desconstruída, mas hoje tenho mais voz, mais alcance", contou, ao UOL Esporte.
Fernando é primo de Olívia, ex-jogador de basquete, e de Olivinha, ala-pivô do Flamengo. Por influência do mais velho, começou a jogar ainda criança, assim como o tetracampeão do NBB pelo time rubro-negro.
A diferença de Fernando para Olivinha foi o caminho que sua história na modalidade tomou. Enquanto o ala-pivô se consagrou no basquete mais tradicional, seu primo começou jogando nas ruas. Por isso, se tornou praticante do 3x3, disciplina que será olímpica pela primeira vez nos Jogos de Tóquio, em 2020.
No basquete de rua, Fernando também se envolveu em projetos que misturam esporte em cultura, como a Libbra, Liga Brasileira de Basquete de Rua promovida pela Central Única das Favelas, e o Cultura na Cesta, idealizado por Wanderson Geremias, que usa a modalidade para ajudar na inclusão de crianças da comunidade do Cesarão, no Rio de Janeiro.
"Certamente o 3x3 tem muita característica social. O 3x3 é mais acessível. Pode ser jogado na rua, não precisa de uma quadra inteira montada, não precisa de um ginásio. Além disso, você não precisa estar filiado a um clube para jogar profissionalmente", opinou.
Hoje, Fernando faz parte do São Paulo DC, um dos mais bem ranqueados times brasileiros de basquete 3x3. Neste ano, venceu campeonato disputado no Chile e garantiu classificação para a etapa do México do circuito mundial da modalidade, que terá início dia 30 de setembro.
Além disso, a equipe de Fernando embarca no dia 14 de agosto para a China, onde disputará o Mundial de basquete de rua, chamado de Jump10. O São Paulo DC será o primeiro representante brasileiro da história do torneio, que tenta aproveitar o alcance do carioca para se popularizar no país.
Trabalho nos bastidores
Mesmo com o sucesso dentro das quadras, Fernando não tem como meta a convocação para a primeira seleção brasileira olímpica de basquete 3x3 da história. Para ele, seu papel no desenvolvimento da modalidade no país é outro.
"Vou ficar nos bastidores. Hoje, no Brasil, nossos bons jogadores estão com a idade avançada. São jogadores com a idade entre 30 e 32 anos. Os bem ranqueados estão todos nessa faixa. Pensando em uma seleção olímpica, vamos precisar de uma idade mais baixa. Meu principal objetivo é poder trabalhar nos bastidores, na propagação do esporte, falando mais vezes do 3x3 e comentando", revelou.
Como contribuição mais importante, Fernando quer formar jogadores especificamente para o 3x3. Por se tratar de uma modalidade nova, é natural que a maioria dos praticantes tenha migrado do basquete tradicional.
"Não existe formação de base. Criei um projeto há três anos para a gente trabalhar isso, mas não consegui captar recursos. O objetivo é introduzir a modalidade e apresentar para quem joga cinco contra cinco. Abre um leque de opções para ele", afirmou.
Com mais de 83 mil seguidores no Twitter e mais de 962 mil no Instagram, Fernando usa suas redes sociais para popularizar o 3x3. Assim, pode ajudar mais brasileiros a praticarem a ainda jovem disciplina e, consequentemente, a futura seleção a ganhar mais opções.
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