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Destaque do Brasil, "ShaqSheimeir" revê irmão após 15 anos na volta ao país

Rafael Hettsheimeir, pivô da seleção, reencontrou o irmão (à esquerda) após 15 anos  - Maurício Dehò/UOL
Rafael Hettsheimeir, pivô da seleção, reencontrou o irmão (à esquerda) após 15 anos Imagem: Maurício Dehò/UOL

Maurício Dehò

Em Guarulhos (SP)

13/09/2011 07h30

Com a conquista da vaga olímpica após 16 anos, o basquete brasileiro trouxe de volta sua torcida e ensinou um sobrenome pra lá de complicado: Hettsheimeir. O dono dele, Rafael, foi um dos destaques da campanha na Argentina e além do reconhecimento por isso, ele ganhou uma surpresa e tanto na volta ao país. Ele teve a oportunidade de reencontrar um de seus irmãos após 15 anos, o que só foi possibilitado por sua participação no Pré-Olímpico.

O grandalhão, pivô apelidado de ShaqSheimeir em referência Shaquille O’Neal, desembarcou em Guarulhos e logo viu a presença de José Antonio Hettsheimeir, irmão por parte de pai que não via desde os sete anos de idade.

Rafael cresceu com a mãe em Araçatuba e, ao começar no basquete, afastou-se indo para Ribeirão Preto e para a Espanha, onde joga hoje, pelo Zaragoza.
 


“É muito bom rever meu irmão, fazia 15 anos, desde os sete, que eu não o via. Não tinha como não reconhecer, ele é igualzinho meu pai”, afirmou Rafael sobre José Antônio, de 61 anos. O pivô volta para a Espanha no sábado, mas afirmou que passará por Bauru com maior frequência - a promessa é de que terá à mesa seu prato predileto, bife com batatas fritas, nas viagens ao interior paulista.

O apelido: "ShaqSheimeir"

Fiquei sabendo que o pessoal colocou esse apelido no Twitter. Legal, valeu galera! Me sinto muito bem, ninguém me conhecia no Brasil ainda e foi bom para mim. Tenho muitos anos para lutar bastante pelo nosso país dentro das quadras.

José Antonio tinha contato com Rafael apenas pela internet, mas não sabia que ele estava na seleção que ia disputar o Pré-Olímpico.

“Eu estava assistindo pela TV e vi que tinha dois ‘Rafaéis’ na escalação. O Rafael Luz estava em quadra, mas depois vi no banco de reservas, na camiseta de um jogador, o nome Hettsheimeir. Aí soube que era ele”, contou ele, que “cornetou” a falta de um “i” no complicado sobrenome.

“Ele não mudou nada, só cresceu. E muito”, brincou o irmão, que foi levado ao aeroporto por uma emissora de TV, surpreendendo o “gigante” da seleção no retorno do feito conquistado em Mar del Plata, na Argentina.