Brasil abandona cestinhas e adota jogo coletivo para voltar às Olimpíadas
O Brasil que disputará as Olimpíadas de Londres-2012 mudou completamente sua maneira de atuar após 16 anos longe dos Jogos. Para encerrar o longo jejum, o time nacional deixou para trás o basquete estruturado sobre os grandes cestinhas e adotou um estilo de jogo voltado para a coletividade, transformando-se em uma equipe mais sólida ofensivamente e com uma marcação muito mais eficiente.
Nas três edições anteriores da Copa América, o Brasil teve um jogador entre os dois principais pontuadores da competição, com média superior a 20 pontos. Na edição que valeu como Pré-Olímpico em 2007, em Las Vegas, Leandrinho superou até mesmo os astros da seleção norte-americana e terminou no topo do ranking com 21,8 pontos por jogo.
Se os cestinhas não tiveram êxito em colocar o país nas Olimpíadas, o feito foi obtido por um grupo que atua muito mais coletivamente. Neste Pré-Olímpico, o Brasil não conta com nenhum atleta entre os 10 principais pontuadores do torneio. Quem mais anotou foi o armador Marcelinho Huertas, com 12,1 pontos por partida.
Mas a ausência de um cestinha não significou uma produção ofensiva menos efetiva. Pelo contrário. Os comandados de Rubén Magnano detêm o terceiro melhor ataque do Pré-Olímpico das Américas, com média de 84,6 pontos e aparece em segundo nas estatísticas de assistências com 17,7 por jogo.
Outra mudança radical, fruto do bom trabalho coletivo, ocorreu na defesa. Pouco valorizada até então, a marcação passou a ser prioridade com a chegada de Rubén Magnano à seleção e se tornou a grande marca da equipe que obteve a vaga olímpica. Se em 2007 o Brasil sofreu a espantosa média de 88,1 pontos por jogo, no Pré-Olímpico de Mar del Plata apresenta a segunda melhor defesa do torneio com apenas 72,4 pontos sofridos.
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