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Mourão diz que eleições ocorrerão e vencedor será empossado 'sem problemas'

Colaboração para o UOL, em Maceió

21/07/2022 17h53Atualizada em 21/07/2022 20h05

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, repercutiu a disputa entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que buscam a recondução ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano, e garantiu que aquele que sair como vencedor das urnas eletrônicas em outubro será empossado "sem problemas".

Em entrevista à ONU (Organização das Nações Unidas), Mourão, ao ser questionado como o Brasil garantirá que as eleições deste ano ocorram de forma pacífica em meio ao cenário marcado por posições "bastantes demarcadas", disse ser "óbvia" a existência da polarização, com "pressões de parte a parte", mas ressaltou que o país irá às urnas em outubro para votar e o resultado final será respeitado.

"Olha...existe muito, vamos dizer assim, disse me disse, né? Vamos usar um termo. É óbvio que é um momento de polarização eleitoral entre o presidente Bolsonaro, que é o candidato à reeleição, e o candidato da oposição que é o presidente Lula. Há pressões de parte a parte, mas a minha visão muito clara é que nós chegaremos a outubro, no mês das eleições, sem maiores problemas, sem maiores confusões, e aquele que a população brasileira sufragar, eleger, irá tomar posse no dia primeiro de janeiro, sem maiores problemas", declarou.

Apesar de ter garantido a manutenção do cronograma eleitoral em meio às investidas golpistas de Jair Bolsonaro, Mourão não comentou os ataques praticamente diários feitos pelo atual chefe do Executivo ao sistema eleitoral brasileiro.

O vice-presidente também não abordou o clima de violência política no país, que recentemente provocou a morte do guarda municipal petista Marcelo Arruda assassinado a tiros no último dia 9 pelo bolsonarista Jorge José da Rocha Guarunho — ontem, o agente penitenciário foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio.

Anteriormente, a jornalistas brasileiros, o vice-presidente criticou a "exploração política" do crime, e disse que isso "não é preocupante", pois se trata de um evento lamentável que "ocorre todo final de semana".

"Não é preocupante, não queira fazer exploração política disso aí. Vou repetir o que estou dizendo, vamos fechar esse caixão. Para mim, é um evento desses lamentáveis que ocorrem todo final de semana nas nossas cidades, de gente que briga e termina indo para o caminho de um matar o outro", falou na ocasião.