Madonna fez da vida um mundo melhor
Posso não ter o inglês necessário para entender todas as músicas, mas sei o bastante - desde sempre - que, em todas as letras cantadas pela 'material girl', tem um pouco de transformação. Sim, há um antes e depois da mulher de 1,61 metro de altura que revolucionou muito além do que a indústria fonográfica e audiovisual poderia pensar.
Se houve mudanças e avanços nos direitos humanos para todos, ela fez parte. Ao falar de si, trouxe o empoderamento da mulher antes da palavra cair no senso comum. Chamou todo mundo para dançar e ser livre, colocando na mesa a discussão das liberdades de gênero, orientação sexual e religião.
Ao clamar pela presença do senhor, rogou mais que Maria. Como pena, não teve a expiação de seus 'pecados' e foi excomungada pela Igreja Católica. Bateu de frente e, num sinal de devoção, fez cruzes num cenário de inferno. Daí, pronto, não havia mais como manter a relação. Pensa que acabou? Não. Ela continua mantendo sua fé e mostrando ao mundo como debater a temática diariamente.
Relação interracial? Viveu, escancarando também o racismo, chaga maior do mundo. Teve o rompimento justamente pelo 'problema' em ter como parceiro um dos mais importantes rappers da história: Tupac.
Do fim ao cabo, a mulher de 65 anos, mãe, filha, cantora e ativista, que chega na praia de Copacabana neste sábado, comemorando 40 anos de carreira, é sinônimo de beleza, ousadia e resistência. De quem jovem passou fome e lutou por seu lugar ao som e ao sol até tornar-se um ícone que, nas últimas quatro décadas, pautou o que o planeta ia discutir.
Se temos um mundo melhor - ou em busca de - a culpa é de Madonna.
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