Aprenda a fazer o mexidão de legumes meio oriental da chef @mar.eela

Este registro abaixo, de um "instagramável" café da manhã, poderia ser apenas isso: uma foto feita na medida para conquistar cliques nas redes. Ali estão fotogênicos cogumelos e tomates-cereja dispostos sobre um lindo pão tostado. Está o colorido das louças e dos morangos frescos e a caneca caprichosamente disposta com café.
Porém, para a chef recifense Marcela Lopes de Oliveira, de 24 anos, esta imagem vai muito além do que um post na rede social
Cinco da tarde era um horário sagrado na casa da matriarca. Marcela sentava à mesa com o avô, a mãe e a tia para saborear o tradicional mugunzá, prato que unia sabor e gente ao redor da menina. Aos 12 anos, começou a colocar a mão na massa com as primeiras receitas feitas sem a ajuda de ninguém.
É o primeiro passo na trajetória profissional. Quando bateu a idade de eleger o curso que iria prestar na faculdade, Marcela tinha a gastronomia como a única opção na mochila dos 18 anos. "Porque não me via fazendo outra coisa que eu gostasse por tanto tempo".
Concluiu o curso no SENAC em Recife; fez cursos de padaria, barista e mixologia; estagiou, trabalhou em restaurante, se frustrou uma, duas, mais vezes. "Era muita pressão, um ambiente bastante hostil. O que a gente vê na internet e na televisão sobre a profissão de chef é muito glamourizado", diz. "Eu tentei, tentei e não me encontrei".
Com o desconforto, Marcela desenvolveu ansiedade e crises do pânico no ambiente profissional e sentiu urgência em resgatar o entusiasmo pela cozinha:
Eu queria algo mais leve, parecido com o que eu fazia em casa, aquela atmosfera de quando cozinhava com a minha avó".
É uma retomada importante na vida pessoal. Em novos caminhos, a chef abriu a própria marca de geleias, chutneys e catchup caseiro e se sentiu realizada. Saiu de Recife, foi para São Paulo e, há dois anos, incluiu a paixão pela fotografia. Hoje, trabalha como produtora culinária para marcas e foodstylist.
"Uma das coisas de que mais gosto é ver a transformação do alimento. A cozinha não é só bela pelo prato final apresentado, todo o processo é bonito", explica Marcela. "As pequenas invenções e coisinhas que posso acrescentar ou mudar em um prato é o que me deixa mais encantada com a cozinha".
Cozinhar é meu escape, minha forma de desligar de tudo e me conectar comigo mesma. É meu refúgio quando estou triste, meu momento de paz quando estou estressada"
Ela explica que adora cozinhar e agradar aos outros. Inclusive a avó Ivonette, de quem muito herdou e, hoje, faz gosto e elogio de seus pratos quando tem oportunidade de degustá-los.
Apesar de amar o ofício, Marcela conta que não tem o sonho óbvio de ter um restaurante próprio. Pensa mais simples: um livro com fotos e receitas suas. "Quero fazer isso muito bem pensado e é um plano para o próximo ano". Enquanto isso, o cardápio de belezas está aberto no Instagram, com fotos tão lindas quanto a daquele fotogênico café da manhã.
A RECEITA DE MARCELA PARA O UOL
Mexidão de legumes meio oriental
Confira a receita do Mexidão de Legumes Meio Oriental