Rio começa a usar 900 radares para 'caçar' em tempo real carros roubados
O Rio de Janeiro implantou uma novidade para localizar carros roubados, furtados e clonados por meio dos radares espalhados pela cidade.
Trata-se da Civitas (Central de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Apoio à Segurança Pública), que começou a utilizar 900 radares e 50 câmeras com leitura de placas, que transmitem dados em tempo real 24 horas por dia, durante os sete dias da semana.
A diferença da iniciativa, na comparação com aquelas já implementadas em outros municípios, começa na forma como o monitoramento é realizado: anteriormente, era feito apenas com um registro de imagem fotográfica do veículo, agora, o chamado "cerco inteligente" deve mapear o percurso completo dos carros pela cidade.
Os primeiros testes foram feitos com veículos da própria Prefeitura do Rio - através desses testes, foram gerados mapas detalhando não só o percurso, mas a data e hora do trajeto. O Centro de Operações Rio (COR) já costumava ser acionado por autoridades policiais durante investigações, mas em um serviço ainda tido como "manual" - agora conta com esse aparato tecnológico.
"Com isso, a gente vai conseguir identificar veículos roubados ou clonados. Quando o veículo passa num determinado ponto da cidade e, dez minutos depois, essa mesma placa é identificada em outro ponto muito distante, que não daria para fazer esse trajeto a tempo, automaticamente sobe um alerta para a gente com a identificação de clonagem de placa - explica o chefe executivo da Civitas, Davi Carreiro.
O novo sistema funciona em parceria com a CET-Rio, o COR e o Disque-Denúncia, utilizando o parque de radares fotográficos de monitoramento de velocidade e semáforo já instalados no município, além das câmeras do COR - a expectativa é de que câmeras de segurança privadas, instaladas em prédios e estabelecimentos comerciais, também auxiliem nos trabalhos em um futuro próximo.
A sala de monitoramento dispõe de telas que mostram em tempo real o número de atendimentos do Disque-Denúncia, com gráfico indicando o número de chamadas, divididos pelo tipo de ocorrência, mantendo o anonimato de quem passou a informação.
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