Lata Velha: restaurações polêmicas incluem famosos e até lutador de MMA

Lançado em 2005, o quadro "Lata Velha" é um dos mais queridos e longevos da televisão brasileira.

Com tantos anos no ar, a atração da TV Globo coleciona restaurações de veículos com o mesmo perfil: mau estado de conservação e donos sem grana para devolvê-los à velha forma.

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Contudo, nem sempre a reforma deixou o proprietário satisfeito e alguns projetos renderam reclamações, que incluem processo judicial, inclusive.

Dentre as polêmicas, pelo menos duas tiveram a participação de famosos, que sugeriram potenciais candidatos a aparecer no quadro comandado por Luciano Huck.

Outra veio de um participante que ganhou alguma notoriedade e viu a carreita de lutador de MMA deslanchar após a aparição na tela da Globo. Confira.

Opala indicado por Rodrigo Hilbert e Fernanda Lima

Rodrigo Hilbert e Fernanda Lima tiveram uma importante participação logo no primeiro ano do "Lata Velha". Na época, o casal entregou, em mãos, uma carta do amigo Marcelo Valente a Luciano Huck, pedindo a reforma de um Opala SS 1979. A história do ambientalista foi escolhida, mas nem tudo correu bem e o caso foi parar na Justiça.

A UOL Carros, Marcelo Valente contou que, após sua participação no quadro, a produção lhe entregou um Chevrolet Caravan fraudado no lugar do seu Opala. O ambientalista conta que depois de muita insistência, por intermédio da Fernanda Lima - com quem diz manter boa relação até hoje -, conseguiu marcar uma reunião com a Globo.

"Chegando lá, estavam 14 pessoas, dentre elas, um diretor que perguntou o que eu queria para resolver a situação. Ofereceram até vaga no "Big Brother Brasil" e participação no programa da Ana Maria Braga. Mas eu fui claro: queria meu carro."

O seu pedido de ressarcimento pelos danos causados pela emissora, no valor de R$ 1 milhão, foi considerado improcedente pela juíza interina que assumiu o caso, mas o carioca - que não teve mais notícias de seu Opala - garante que continuará lutando por ressarcimento.

Lutador mantém Maverick, mas reclamou da reforma

O lutador de MMA Wagner Prado participou do Lata Velha em 2009. Além da reforma do seu Ford Maverick, ele ganhou uma oportunidade no mundo das lutas.

Luciano Huck virou seu "padrinho" ao tentar emplacá-lo, com êxito, na academia Team Nogueira, dos irmãos Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro. Ambos acolheram Wagner, que passou a adotar a alcunha "Caldeirão". A partir da aparição na TV, deslanchou e chegou a lutar no UFC.

A história do carro, no entanto, tem sua dose de polêmica. Em 2013, em entrevista ao UOL, Caldeirão afirmou que o Maverick não funcionava bem.

"Cara, o Maverick é um caso assim, como eu posso falar... Não ficou do jeito que todo mundo esperava. Tudo deu certo na minha vida depois do Lata Velha, só o carro que não. Ele ficou lindo, como todo mundo viu nos programas e nas fotos, mas andando não ficou daquele jeito, não. Para andar não está legal. Vou até mandar um Twitter pra ele [Luciano Huck] falando", disse Wagner na época.

Na ocasião, ele afirmou que tinha dificuldade para conduzir o automóvel e havia rodado muito pouco com ele.

"O carro não andou 50 km, mas não vou reclamar da vida. O motor e a suspensão dele estão ruins, passa em um caroço de azeitona e parece que vai cair. Todas as vezes em que andei com ele, teve que voltar de guincho", disse Caldeirão.

Apesar das declarações, Wagner Caldeirão permanece até hoje com o Maverick, publica fotos e vídeos com ele nas redes sociais e diz já ter recusado proposta de venda.

Paulo Betti não conseguiu salvar ônibus

A participação de Paulo Betti não chegou a ser consumada, mas tomou conta dos noticiários em 2012. Na época, o ator tentou fazer valer sua influência como funcionário da Rede Globo para reformar o ônibus de seu clube do coração, o São Bento de Sorocaba, no interior paulista.

O ator enviou um pedido à produção de Huck, segundo entrevista ao site "O Fuxico".

"É verdade, sim. Isso foi um pedido do pessoal lá do clube, do São Bento. Eles têm um ônibus muito velho, ano 1980, e pediram se eu poderia ajudar na restauração do veículo. Aí, através aqui da minha novela [Lado a Lado], da produção, eu encaminhei esse pedido ao Luciano Huck. Mas ainda não tenho resposta, não sei o que vai acontecer", disse Betti na ocasião.

A tentativa não foi bem sucedida: no mesmo ano, o automóvel foi vendido como sucata por R$ 3 mil para uma empresa de Tatuí (SP), de acordo com a diretoria do clube.

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