Cadê o Jetta 2.0 TSI? Volks promete "boas novidades" e pode ser o GLI

Nova geração só usa o motor 1.4 turbo, mas escolha pode "esconder" uma futura versão esportiva
Nesta quinta-feira, UOL Carros trouxe um perfil de donos do sedã Volkswagen Jetta de diferentes gerações no Brasil. Linhas gerais, a faceta mais atrativa do carro para todos está no dinamismo proporcionado pela boa construção da carroceria em parceria com motores vigorosos, do antigo 2.5 aspirado ao mais atual 2.0 turbo.
O que será que estes consumidores da marca vão achar do Volkswagen Jetta 2019? Ele ganhou porte, ficou mais vistoso e bem mais tecnológico... mas só tem uma opção de trem-de-força: 1.4 turboflex, 150 cavalos, 25,5 kgfm e câmbio automático tiptronic (seis marchas). Nada de 2.0 TSI, nada de câmbio DSG ou mesmo o automático de oito marchas presente na configuração para a América do Norte.
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Com a palavras, os donos de Jetta
"Saí de um Civic LXR 2014 para um Jetta Comfortline TSi 2016 no início, até a contragosto (...). Agora estou aguardando a versão do Highline com a nova plataforma para trocar pelo novo modelo, com motor ainda mais potente. Quem nunca dirigiu Golf ou Jetta, não deveria comentar antes de fazê-lo, tal a superioridade desses carros em relação aos seus concorrentes." - Renato Silva Santos
"A questão é que o Jetta é um carro feito para quem tem prazer ao dirigir, esse tipo de motorista está em extinção, em sua grande maioria vão para um Toyota que é feito pra ir do ponto A ao ponto B apenas." - Rods Js
"Tenho um 2.5 2010, comprei zero, faz 7,3 km/l na cidade e já fiz 13,4 Km/l na estrada, o normal é 12,3 km/l , uma máquina, gosto muito, não troquei nenhum parafuso, do jeito que saiu da loja está na garagem, vai pra museu, não vendo, um carrão, o barulho do motor é o charme." - Lusitano Perneta
Três comentários retirados do texto citado, com a opinião dos donos de Jetta, reforçam o perfil do consumidor deste modelo específico. Ele se distancia, de fato, de quem compra Toyota Corolla e, de certa forma, até de quem compra um Civic.
Teria a Volkswagen ficado tão racional -- a ponto de abrir mão de ter uma versão mais invocada do Jetta -- que poderia desagradar este consumidor fiel? Estaria a marca tentando garantir emplacamentos, reduzir custos de apólices de seguro e de cestas de peças no pós-vendas para ter maio liquidez com seu sedã médio?
Pode não ser bem isso.
Um futuro esportivo?
Sim, a Volks fez uma jogada estratégica de curto a médio prazo: a proposta é oferecer produtos em todos segmentos; e vender relativamente bem em todos, o que significa que o modelo de uma categoria não pode canibalizar outro, da categoria seguinte.
Assim, pacotes o novo Jetta Comfortline parte dos R$ 110 mil e com isso abre o espaço em linha necessário para o inédito T-Cross, SUV pequeno que deve custar (nosso palpite) entre R$ 80 mil e R$ 105 mil. Por outro lado, o Jetta RLine não passa dos R$ 125 mil (com o teto solar) para não atrapalhar as vendas do Tiguan.
Por este último motivo, muito certamente, a Volkswagen optou por não colocar o motor de 2 litros na seleção do Jetta neste momento. Este fica como atrativo temporário para o Tiguan R-Line -- e também para o Passat.
Mas pode haver luz no horizonte para quem sempre preferiu mais potência, sim.
Em conversa com parte da equipe de desenvolvimento e marketing de produto, tanto aqui no Brasil (agora, por ocasião do lançamento do sedã localmente), quanto nos EUA (em janeiro, durante a apresentação mundial, no Salão de Detroit), UOL Carros ouviu que "boas novidades" serão vistas em breve, na forma até mesmo de pacote jamais visto para a linha Jetta.
De fato, o que se espera é que a Volkswagen traga uma versão esportiva de fato, a exemplo do Golf GTI em relação ao Golf "civil", agora que ambos as carrocerias são construídas sobre a mesma base. E, claro, este versão usaria o motor 2.0 turbo em sua configuração mais forte.
Nos EUA, a sexta geração do Jetta já tinha no portfólio uma versão chamada de GLI, mas que era mais "esportivada" que esportiva. Esse nome pode até ser mantido e usado também no carro que chegará ao Brasil, mas com equipamentos e construção de fato mais arrojados.
Tudo, claro, vai depender da reação do mercado consumidor e, também, dos contragolpes das marcas rivais. Mas dá um arrepio só de pensar na chance de ter um Jetta invocado de fábrica, fala a verdade? Vamos ficar ligados.
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