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Jeep confirma "mini SUV" e mais seis lançamentos na América Latina até 2022

FCA vê mercado latino-americano como estratégico para a Jeep - Divulgação
FCA vê mercado latino-americano como estratégico para a Jeep
Imagem: Divulgação

Vitor Matsubara

Do UOL, em São Paulo (SP)

01/06/2018 12h26

Marca quer passar de 1,3 milhão de unidades fabricadas localmente até 2022 e SUV abaixo do Renegade é peça importante

Principal marca do grupo Fiat-Chrysler Automobile na atualidade, a Jeep foi a primeira a revelar seu planos de ação até 2022: a ideia é lançar dois novos modelos por ano e crescer do atual patamar de 800 mil unidades na América Latina para 1,3 milhão. Assim, a marca de utilitários crescerá ainda mais em importância, enquanto a Fiat vai encolher.

Importante pilar para este crescimento será a produção, também no Brasil, de SUV a ser posicionado abaixo do Renegade -- confirmando a informação antecipada por UOL Carros em janeiro de 2018. Haverá ainda aposta em outro utilitário de sete lugares para concorrer com Volkswagen Tiguan, Hyundai Santa Fe, Peugeot 5008 e companhia. Um terceiro pilar será a ampliação da rede revendedora pelo país.  

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Sete novidades

Além dos dois modelos citados, a marca aponta renovações e chegadas para compor o restante da linha. No total, serão sete novidades para os próximos quatro anos:

+ "Mini  Jeep" (abaixo do Renegade)
+ Nova geração do Renegade
+ Compass reestilizado
+ Jeep de sete lugares

+ Nova geração do Cherokee
+ Nova geração do Grand Cherokee
+ Nova geração do Grand Cherokee de sete lugares

Além destas, a Jeep promete lançar ainda produtos que ficarão mais distantes do nosso mercado. UOL Carros aposta que a picape com a marca Jeep não deve ser vendida aqui, até como forma de evitar concorrência interna com a RAM 1500 -- que já foi confirmada para o nosso país. Haverá ainda o retorno de nomes clássicos como Wagoner e Grand Wagoner, novamente focando o mercado norte-americano.

Voltando ao que nos interessa, o "mini SUV" também será lançado nos Estados Unidos em 2022 e será o novo "queridinho" da marca globalmente, como foi o Renegade há quatro anos.

"Um carro menor do que o Renegade é muito interessante para nós e já estamos trabalhando ativamente neste projeto. Estamos vendo o mercado europeu cada vez mais comprando SUVs compactos, e pode haver um mercado muito importante na América Latina para nós", afirmou Mike Manley, chefão global da marca Jeep.

A popularidade da marca em mercados importantes para a FCA -- como o próprio Brasil, onde o Renegade e Compass  lideram as vendas dos principais sub-segmentos de SUVs  neste momento -- e a boa receptividade ao novo Wrangler encorajaram a empresa a investir neste projeto.

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"Mini SUV" da Jeep terá porte e preço abaixo do patamar ocupado pelo Renegade
Imagem: CarWale

Abaixo de quatro metros

Especula-se que o "mini Jeep" aproveite a plataforma do Fiat Panda no mercado europeu. No Brasil, o veículo seria feito sobre uma derivação da base MP1 do Argo -- esta uma atualização da plataforma SCCS do Punto, e que também serve de base para os três modelos feitos em Pernambuco. Ou seja: compartilhamento de componentes não será problema.

A Jeep afirmou que o veículo terá menos de quatro metros de comprimento -- como referência, o Renegade tem 4,23 metros de comprimento e o Ford EcoSport (antigo líder dos SUVs compactos) possui 4,22 metros.

Produção pode acontecer em Goiana (PE), onde já são fabricados os outros dois SUVs brasileiros da marca "lameira" -- Renegade e Compass --, além da picape Fiat Toro; ou mesmo em Betim (MG), de onde sai o Argo.

Recém-apresentada na Europa, a família de motores FireFly turbo (com variantes de 1 e 1,3 litro) é cotada para equipar o futuro SUV, colocando-o em condições de brigar com Honda WR-V e o futuro crossover de mesmo porte que a Volkswagen desenvolve a partir da matriz MQB do Polo para lançar até 2021.

Adeus ao diesel

A Jeep também afirmou que pretende investir pesado na "eletrificação" de sua linha, lançando 10 modelos híbridos plug-in e quatro veículos 100% elétricos também no intervalo até 2022. Além disso, cada modelo de sua gama terá uma versão híbrida ou elétrica até 2021.

A marca vai deixar de vender veículos movidos a diesel na região do EMEA (Europa, Oriente Médio e África), como parte da estratégia de abandonar os motores a diesel até 2022 nos principais mercados. A Jeep também pretende oferecer veículos com tecnologia de condução autônoma de nível 3 até 2021.

Na China (o maior mercado da Jeep no mundo), a marca vai lançar oito novos produtos (entre projetos totalmente novos e atualizações), sendo dois exclusivos para aquele mercado. Serão oferecidos também oito veículos "eletrificados", sendo quatro híbridos plug-in e quatro elétricos.

Para o mercado norte-americano, a Jeep prepara a volta do nome Grand Wagoneer, desta vez como uma linha de modelos de alto luxo. A marca também pretende aumentar sua capacidade produtiva nos Estados Unidos, subindo de 8,3 milhões de veículos comercializados em 2017 para 8,9 milhões em 2022.