Avaliação: virtudes e pecados do Honda HR-V, carro mais valorizado do país
Veja como o SUV se saiu após nosso teste com a versão Touring
Mais uma vez o SUV compacto mais vendido do Brasil, mais uma vez o carro que menos desvaloriza no país. Mesmo tendo sido superado em vendas pelo Jeep Compass no acumulado de 2017, o HR-V manteve por mais um ano ótimo número de vendas.
Como se manter fenomenal desse jeito mesmo com a chegada de competidores cada vez mais fortes, como -- entre outros -- o Hyundai Creta e a própria atualização do Ford EcoSport, ambas estreantes do ano passado? Listamos pontos positivos e negativos do modelo nesta avaliação.
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Desvalorização: Pelo segundo ano consecutivo o HR-V foi o carro com o melhor valor de revenda do Brasil. Como brasileiro compra carro por considerá-lo patrimônio, e não apenas um meio de transporte, essa acaba sendo sua maior virtude. Em um ano um HR-V de R$ 100 mil perde apenas 8,8% de seu valor, permitindo o repasse por valores próximos a R$ 90 mil. Que outro concorrente oferece isso?
Motor e câmbio: embora antigo, seu motor 1.8 de até 140 cv é saudável para uso na cidade e pequenas viagens e ainda casa bem com o câmbio CVT, muito bem acertado e que ainda simula sete marchas trocáveis por borboletas atrás do volante. Embora alguns rivais já façam uso de tecnologias mais eficientes como o turbo, esse conjunto do HR-V com peso do pé moderado permite bons números de consumo: registramos com gasolina no tanque 9,5 km/l na cidade e 10,9 km/l na estrada (Inmetro divulga 11 e 12,9 km/l, respectivamente).
Estilo e materiais da cabine: os bancos dianteiros separados por um console central elevado é algo agradável em todas as versões e sempre destacamos isso. Mas a versão Touring traz material mais nobre, com toque suave e macio, algo que não é comum de se ver em modelos intermediários da Honda (como Fit, City e WR-V), parecidos com os que podem ser vistos nas configurações de topo do Civic e até de carros mais caros como CR-V e Accord.
Multimídia: Apesar da dificuldade de não oferecer um botão giratório principal com função de ligar e desligar e para o controle do volume, o sistema se mostra fácil de mexer, intuitivo e ainda recebe comandos do volante. O mais legal é o surpreendente sistema de navegação, que dependendo da região e do trajeto pode oferecer fotos dos locais onde se passa.
Tenha atenção
Sabemos que pagar quase R$ 108 mil em um SUV compacto não é tão simples -- afinal, por esse valor já é possível encontrar versões de entrada de SUVs médios, como o próprio Jeep Compass. Mas se você troca de carro anualmente ou a cada dois anos tenha em mente o fato de o HR-V desvalorizar tão pouco nesse período. Fora toda a confiança por detrás da marca Honda.
Rodar com a versão Touring é uma experiência agradável, embora a única característica visual externa que o diferencie das demais configurações sejam os faróis e lanternas em LED.
No mais, carro é confortável, tem uma posição de dirigir bem maneira, bom espaço para cinco ocupantes, mas deve um pouco quanto ao volume do porta-malas (claro que não como o Jeep Renegade) e a suspensão poderia ter acerto menos esportivo (ou menos duro), mais fiel à proposta familiar.
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