Quase um Miss Brasil: concurso escolhe o melhor carro clássico do Brasil

Um Packard Saoutchik Limo, de 1931, foi o vencedor do "Car Day Brasil Concours d’Elegance", realizado no último sábado (7), na Sociedade Hípica Paulista, em São Paulo (SP). Mas o que é um concurso de elegância de carros?
A inspiração vem do "Pebble Beach Concours d’Elegance", criado em 1950 na Califórnia (EUA), para medir a elegância de automóveis clássicos. Para fazer a comparação com algo que todo mundo conhece, o concurso de Pebble Beach seria o "Miss Mundo" de carros clássicos, enquanto o de São Paulo seria o "Miss Brasil".
Aquele que atingir, segundo a avaliação de um júri especializado, níveis surreais de importância histórica, beleza, estilo e originalidade é o vencedor e leva o prêmio "Best Of Show".
Organizado pela Federação Brasileira de Veículos Antigos (FBVA), o "Car Day" contou com participantes que pagarem R$ 350 de inscrição e juízes da Fédération Internationale des Véhicules Anciens (FIVA), a entidade máxima do setor, presenças que ratificaram a importância do colecionismo de automóveis clássicos no Brasil.
"O evento foi muito bom, com uma seleção de automóveis de nível internacional", afirmou Alec Daly, embaixador da FIVA para a América do Sul.
José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors do Brasil e também entusiasta e colecionador de automóveis, levou doze carros de seu acervo. "Estava faltando um evento desse no Brasil. 'Araxá' (evento similar, bianual, em Minas Gerais) é muito bonito, mas no último ano caiu o nível dos carros, sem clássicos de verdade. Aqui não: estão os melhores carros do país", avaliou.
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Entre "ancestrais", "veteranos" e guarda-chuvas
No "Car Day", os carros expostos foram divididos em três fases: "Pré-Guerra" (produzidos até 31 de dezembro de1945), "Grandes Clássicos Pós-Guerra" (até 31 de dezembro de 1960) e "Clássicos Esportivos Europeus" (até 1977).
Dentro de cada fase, as premiações ocorrem por categorias: "Ancestor" (fabricados até dezembro de 1905), "Veteran" (de janeiro de 1906 a dezembro de 1918), "Vintage" (janeiro de 1919 a dezembro de 1930), "Post Vintage" (janeiro de 1931 a dezembro de 1945), "Post War" (janeiro de 1946 a dezembro de 1960) e "Sports Cars". Os três melhores de cada uma são premiados.
Além de exposição de autos clássicos, o "Car Day" foi um desfile de guarda-chuvas charmosos, por conta da chuva. O mais charmoso era um da marca Rolls-Royce, evidentemente retirado de dentro de um. Mas isso gerou problemas, não frisson.
"O evento foi feito com boas intenções, mas faltou experiência. Os carros não deveriam estar no campo, porque agora a chuva os impede de sair e entrar, por conta do colchão de areia sob o campo. Meu carro deveria ter ficado em posição de destaque, mas ficou de fora do campo, e isso me incomoda. Deveria haver um plano B", lamentou um colecionador que pediu para não ser identificado.
Com ou sem chuva, a intenção da FBVA é voltar em 2018. "Tivemos o problema da chuva, mas todos os aspectos técnicos acordados com a FIVA foram cumpridos. Esse é um evento para motivar as pessoas a saírem com suas raridades, e foi o que aconteceu", confirmou Roberto Suga, presidente da entidade.
De fato, não é todo dia que se vê Ferrari Barchetta 1952, Piaggio Vespa 400, Cord 812 Phaeton, Isotta Fraschini 8AS, Mercedes-Benz Manheim 1938, Mercedes-Benz Gullwing ("Asa de Gaivota") 1956, entre outros automóveis dignos de serem chamados de raridades.
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