Associação de consumidores cobra investigação contra VW

A Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) anunciou, nesta segunda-feira (28), que enviou um ofício ao Ministério do Meio Ambiente questionando que medidas estão sendo tomadas a respeito do escândalo de fraude nos índices de emissão de poluentes de veículos da Volkswagen movidos a diesel.
No Brasil, devido às restrições para uso do combustível derivado do petróleo em veículos de passeio, o único modelo da marca alemã equipado com o propulsor da família EA189 é a picape média Amarok, responsável por 83.890 emplacamentos entre o seu lançamento, em 2010, e o fim de agosto de 2015.
Órgão subordinado ao Ministério do Meio Ambiente, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) já abriu investigação contra a fabricante, com objetivo de investigar se a Amarok 2.0 TDI vendida aqui possui o mesmo programa eletrônico para burlar os dados de emissão de óxidos de nitrogênio quando o veículo é submetido a testes em que é mantido imóvel.
Ainda de acordo com a Proteste, será necessário primeiro comprovar que a manobra foi mesmo aplicada nas Amarok que rodam no país antes de tomar medidas cabíveis. Segundo o órgão, caso isso aconteça, os proprietários dos veículos afetados poderão acionar a Justiça para pedir indenizações, algo que já está sendo feito em outros países.
Perguntas sem resposta
O que nem a Proteste nem o Ibama conseguiram responder ainda é se a confirmação da fraude acarretaria proibição da venda da Amarok a diesel no país. Fontes do órgão ambiental consultadas por UOL Carros foram além e afirmaram que a investigação sequer possui um cronograma, pois ainda se encontra em estágio incipiente.
"Primeiro a Volks precisa responder se o software está ou não nas unidades vendidas aqui, para depois sabermos que medidas tomar", disse uma delas, iterando que não há um prazo estabelecido para que a montadora se manifeste.
Por enquanto, a única resposta por parte da divisão brasileira da marca é que ela está "aguardando parecer da matriz na Alemanha sobre o caso". Caso a manipulação seja comprovada, o Ibama poderá aplicar multa de até R$ 50 milhões e obrigar o início de um recall para todas as unidades envolvidas.
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