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Peugeot 208 turbo: o que nova versão do hatch tem de melhor e de pior

Desde a criação da Stellantis, que reuniu FCA (Fiat-Chrysler) e PSA (Peugeot-Citroën), as marcas francesas do grupo estão experimentando uma boa escalada no ranking de vendas. E, de todos os produtos das duas montadoras, o 208 é um dos que tem mais destaque. Mesmo sem mudanças relevantes, o carro conseguiu ganhar mais clientes graças a reposicionamento de versões e novos motores, compartilhados com a Fiat.

Para a linha 2024, a principal novidade é o motor 1.0 turbo do Pulse. Está em três versões, e transformou o 208 em um dos hatches compactos mais rápidos do Brasil. O preço inicial é de R$ 99.990, para a opção Allure. A intermediária Style vai a R$ 109.990 e a topo de linha, Griffe, a R$ 114.990.

A versão testada pela coluna foi a intermediária, Style, que surpreende pelo estilo e desempenho. Aqui, mostro os pontos negativos e positivos do modelo.

Pontos negativos

Vamos começar pelos contras, pois é melhor receber as más notícias antes, né? Ergonomia é o principal ponto negativo do 208 turbo Style. Aliás, a maior parte dos problemas está conectada a esse aspecto, começando pela posição de dirigir.

O painel de instrumentos fica bem à frente do volante. Por isso, para enxergá-lo perfeitamente, é preciso deixar o componente em uma posição baixa demais. Até há quem goste, mas fato é que ela é incomum, causa estranhamento e até desconforto.

Após alguns dias rodando com o volante na posição que é correta para o 208, baixa, eu acabei desistindo e ajustei o componente para o convencional. Preferi ter de me levantar um pouco do banco, quando necessário, para enxergar as informações do cluster. Não é o ideal.

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

Voltar ao Android Auto após ter de sair desta página, por exemplo, exige algumas "voltas", e leva tempo para descobrir como fazer. O sistema é pouco intuitivo. Também não é fácil alterar a ação do ar-condicionado, por meio do multimídia.

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Até há botões no painel central, mas apenas para acionar a página do multimídia dedicada ao sistema. Se o motorista está navegando, por exemplo, terá de sair do mapa. Depois, para retornar, dar aquela "volta" explicada no parágrafo acima.

A câmera de ré tem três modos e até vista aérea. Mas, em todos, a visualização é ruim, pouco nítida, e com um ângulo estranho. Além disso, a imagem projetada é muito pequena. Para finalizar a lista de contras, o 208 turbo vibra demais em marcha lenta e início da aceleração.

Pontos positivos

Como anda esse 208 turbo Style! De acordo com informações da fabricante, o modelo vai de 0 a 100 km/h em 9 segundos. Mas a impressão é de que o hatch, levinho, é até mais rápido nessa prova. As retomadas de velocidade são muito ágeis.

O 1.0 turbo tem 130 cv 2 20,4 kgfm. O câmbio CVT simula sete marchas e a tração é dianteira. O conjunto motor-câmbio, aliás, é igual ao do Pulse e das versões mais em conta do Fastback.

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Imagem: Rafaela Borges/UOL
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Entre os destaques há a grade frontal grande e o belíssimo conjunto óptico dianteiro, com uma parte que se estende para baixo, como um raio. Além disso, há detalhes que imitam fibra de carbono por fora e também na cabine.

Por falar em cabine, o carro vem de série com teto panorâmico, algo que o diferencia dos concorrentes no segmento de hatches compactos. Outro detalhe que chama a atenção é o painel de instrumentos digital.

Mas o mais impressionante mesmo é o sistema de som. Não é de grife, desses "assinados" por marcas como Bose ou Bang & Olufsen, por exemplo. Porém, traz muita qualidade e é bem alto.

O porta-malas do 208 turbo Style também é um destaque em seu segmento. O compartimento tem 265 litros de capacidade, mas é tão alto quanto o do Polo, o que facilita a acomodação da bagagem e permite colocar mais malas que a maioria dos hatches compactos.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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