Jorge Moraes

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Confiança ou comodismo? Nem invasão chinesa faz Toyota mudar Corolla Cross

O rebuliço causado pelas marcas chinesas e seus carros eletrificados no mercado brasileiro não parece incomodar a Toyota. A montadora japonesa é conservadora e não costuma mudar seus modelos a cada dois anos e meio como alguns concorrentes. Isso é bem notório na família Corolla, que passou 2023 sem as esperadas mudanças significativas no sedã ou no SUV.

O Corolla sedã ainda ganhou um bem leve tapa no visual da dianteira, além de novo e belo cluster 100% digital que deu ar de modernidade na cabine para lá de conservadora. Mas nem isso o Corolla Cross recebeu.

A coluna testou a versão híbrida XRX da linha 2024, na chamativa cor Azul Netuno. Muito se falava em uma atualização do motor 1.8 aspirado de 122 cv, que passaria para a casa dos 140 cv nas versões híbridas. Mas ela não veio, como também nada mudou na cabine, que segue sem carregador por indução ou freio de mão eletrônico.

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Imagem: Jorge Moraes/UOL

Importante ressaltar que o Corolla Cross na versão que testamos parte de R$ 210.990 e fica por R$ 213.010 na cor azul. É bem perto dos R$ 215 mil que a GWM cobra pelo Haval 6 HEV, que chega a R$ 224.900 com teto solar.

Esse conservadorismo da Toyota em mudar seus carros é bem apreciado pelos consumidores da marca. Eles parecem não se importar se o H6 tem mais tecnologia a bordo e aparenta ser mais moderno. É a confiança na marca japonesa que vira o jogo a favor deles.

Claro que o Corolla Cross não é um produto ruim, longe disso. O XRX Hybrid tem uma cabine clássica em duas tonalidades com acabamento refinado. E o conjunto mecânico associado ao elétrico é satisfatório, principalmente no uso urbano. Além de tudo, ainda bebe pouco. Fizemos uma média de 17 km com litro de gasolina na cidade, algo que poucos carros compactos conseguem atingir.

Vamos ver como a Toyota vai se posicionar nesse novo mercado que está nascendo às pressas. O conservadorismo não pode virar passividade. Ficar parado e ver os concorrentes passando pode ser perigoso, até mesmo para uma marca consolidada.

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