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Margareth Menezes confirma presença e encerrará desfile da Mangueira

Margareth Menezes desfilará pela Mangueira no Carnaval 2023 - MATHEUS W ALVES/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Margareth Menezes desfilará pela Mangueira no Carnaval 2023 Imagem: MATHEUS W ALVES/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Bruno Laurato e Flávio Ismerim

Colaboração para o UOL, em São Paulo

12/01/2023 10h50Atualizada em 19/01/2023 20h01

Após gravar o samba da Estação Primeira de Mangueira, a ministra da Cultura Margareth Menezes confirmou que estará presente no desfile da verde e rosa. A agremiação da zona norte do Rio homenageará a influência negra na música baiana e será a última a cruzar a Marquês de Sapucaí no domingo de Carnaval.

A informação foi confirmada ao UOL pela assessoria da ministra, que declarou na última terça-feira (10) que Margareth não puxará o bloco Os Mascarados no Carnaval de Salvador por conta da agenda ministerial.

Esse ano, a Mangueira desfilará com o enredo "As Áfricas que a Bahia Canta" e o carnavalesco da escola Guilherme Estevão, que faz dupla com Annik Salmão, contou que prepara um momento de coroação para a cantora no encerramento do desfile da verde e rosa.

"É uma coroação justamente não só do envolvimento dela no processo desse enredo, mas a coroação de um momento especial da vida dela", conta Estevão, fazendo referência à posse de Margareth no recém-criado Ministério da Cultura.

A ministra serviu como fonte de pesquisa para a elaboração do enredo da Mangueira, gravou o samba concorrente que venceu a disputa da escola e também esteve presente na gravação oficial da faixa da agremiação no CD que reúne todos os sambas-enredo do Grupo Especial do Rio.

"Ela é uma chave fundamental, uma porta-voz fundamental dessas mulheres cantoras do axé, dessa baianidade, dessa africanidade que transcende o próprio território baiano. Ela vem encerrando o nosso desfile em um lugar muito especial", relata o artista.

O bloco afro Ara Ketu também estará presente no desfile.

"O Ara Ketu é um símbolo de luta nesse processo, primeiro por ser fundado por uma mulher, a primeira mulher fundadora de um bloco afro. Segundo, por ser um bloco que conseguiu reunir na sua essência a tradição e a ritualística da musicalidade ancestral da cultura negra com a modernidade e as novas tendências que a própria África proporciona para o mundo", declarou o carnavalesco.

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