Um dos desafios de quem começa uma dieta para emagrecer ou cuidar da saúde é resistir às guloseimas e encher o carrinho de compras com alimentos saudáveis. Nesse momento, você pode cair em uma cilada.

Para fisgar o público interessado em comer melhor, muitos supermercados criaram o "corredor dos alimentos saudáveis".

A proposta parece ótima. Encontrar em um só lugar tudo o que precisamos para seguir um cardápio saudável e perder peso. E fica melhor ainda quando você passa por esse corredor e vê que ele é cheio de coisas saborosas: geleias, chocolates, bolos, biscoitos, salgadinhos, macarrão, creme de avelã com chocolate e até leite condensado!

"Com tanta coisa boa, vai ser fácil seguir a dieta", alguns podem pensar.

Isso é um engano: grande parte desses produtos está longe de ser saudável e muito menos fará você emagrecer. Pelo contrário. Às vezes, eles têm tantas calorias quanto suas versões "normais" e, como qualquer alimento ultraprocessado, estão repletos de substâncias químicas, carboidratos, sódio, gorduras adicionadas e outros ingredientes que, em excesso, prejudicam o organismo.

A seguir, explicamos por que consumir regularmente os alimentos do "corredor saudável" pode ser um caminho ruim para seu corpo.

  • GELEIAS LIGHT E DIET (ZERO AÇÚCAR)

    No lugar do açúcar, esse alimentos recebem adoçantes artificiais (edulcorantes). Ainda não há um consenso sobre os problemas causados pelo excesso dessas substâncias, mas alguns estudos mostram que elas podem prejudicar a microbiota (população de bactérias do intestino), importante para o processo de digestão, absorção de nutrientes, produção hormonal e até imunidade. Além disso, há pesquisas que associam o consumo de adoçantes (especialmente o aspartame e o acessulfame de potássio) a um maior risco de desenvolver tumores, mas faltam evidências científicas concretas sobre isso.

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  • SHAKE EMAGRECEDOR

    A proposta é tentadora: você substitui uma refeição por uma bebida docinha e perde peso. A questão é que esses produtos têm muitos aditivos químicos e edulcorantes, com potencial para interferir no intestino, além de acessulfame de potássio, adoçante que, em testes com ratos, provocou alterações hormonais e levou ao surgimento de tumores benignos. Além disso, especialistas dizem que o emagrecimento promovido por shakes e outros substitutos de refeições (como sopas em pó) não é duradouro. Como não há uma reeducação alimentar, a tendência é que depois você volte a se alimentar mal e engorde tudo o que perdeu (ou até mais).

  • CHÁS E BEBIDAS ZERO CALORIAS

    Especialistas explicam que, quando você consome algo com sabor doce, seu organismo se prepara para receber o açúcar e as calorias (energia) provenientes desse alimento. Como em bebidas zero essas calorias nunca chegam, pois o dulçor vem dos edulcorantes, pode haver um efeito rebote. Seu desejo de consumir doces aumenta, pois o cérebro fica "pedindo" as calorias que deveria receber. Isso pode gerar quadros de compulsão por açúcar e fazer você engordar.

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Alimentação saudável é aquela que tem sua base em alimentos naturais e pouco processados. Isso não significa que não podemos comer coisas gostosas e que nutram nosso prazer ao se alimentar, mas é necessário saber que os industrializados têm corantes, estabilizantes e aromatizantes, portanto, não são escolhas nutritivas nem devem estar frequentemente em nossa alimentação

Carolina Guerini de Souza, professora do Departamento de Nutrição da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

Eles querem fisgar você pelo rótulo

Muitos produtos inicialmente desenvolvidos para pessoas que necessitam de uma dieta especial acabaram ganhando o status de saudáveis, fazendo com que você pague mais caro por um alimento que não precisa consumir e está longe de ser tão bom quanto parece

  • DIET

    São produtos criados para atender a pessoas que precisam seguir dietas especiais, por terem diabetes, hipertensão ou dislipidemia (colesterol alto), por exemplo. O mais comum é vermos alimentos diet sem açúcar, mas também podem se enquadrar na categoria comidas sem sódio, gorduras ou outras substâncias. Eles passam a falsa impressão de ter menor teor calórico, mas nem sempre é assim. Para compensar a falta de açúcar, por exemplo, em alguns casos a indústria aumenta a porção de gorduras ou carboidratos na receita (e esses nutrientes também têm calorias).

  • LIGHT

    Alimentos que têm redução de pelo menos 25% de calorias ou de algum nutriente da fórmula convencional (açúcar, gordura, sódio etc.). Costumam ser indicados em dietas para emagrecer, já que muitos produtos realmente são menos calóricos que as versões tradicionais -mais abaixo, explicamos por que focar apenas nas calorias não é o ideal para emagrecer. Além disso, são alimentos ultraprocessados, repletos de aditivos que, em excesso, fazem mal à saúde.

  • SEM ADIÇÃO DE AÇÚCAR

    A frase significa que a receita não leva o açúcar convencional, mas o produto pode conter açúcares naturalmente presentes em alguns ingredientes da fórmula ou falsos açúcares -substâncias que geram no corpo efeitos semelhantes aos do alimento branco, mas têm nomes diferentes, como maltodextrina, dextrose, frutose, lactose, xarope de milho ou de malte entre outros. Para não cair em ciladas, é importante conhecê-los e procurá-los na lista de ingredientes.

  • ZERO LACTOSE

    A lactose é um açúcar naturalmente presente no leite. Ao longo da vida, o organismo de algumas pessoas passa a produzir em menor quantidade a lactase, enzima responsável por digerir a substância, desenvolvendo intolerância ao nutriente do leite -o que pode gerar gases, cólicas e diarreia ao consumi-lo. Produtos zero lactose são destinados a esse público que tem uma necessidade especial e não há nada que os tornem mais saudáveis. Inclusive, eles continuam tendo o açúcar do leite, a diferença é que na fórmula é adicionada a enzima lactase, para que o organismo consiga digerir o componente.

  • VEGANO

    A dieta vegana é aquela em que a pessoa não consome alimentos de origem animal: leite, ovos e carnes. Mas a retirada deles não faz com que um produto se torne mais saudável, ainda mais quando falamos de ultraprocessados. Açúcar, farinha refinada, sal e gordura vegetal são "ingredientes veganos" que a indústria usou a vida inteira em seus produtos -e que, em excesso, comprovadamente aumentam o risco de obesidade, problemas cardiovasculares, hipertensão e várias outras doenças. E esses produtos ainda podem ter conservantes, edulcorantes e aditivos químicos.

  • SEM GLÚTEN

    Esses alimentos são destinados a pessoas com doença celíaca ou intolerância à proteína do trigo, condições raras em que o indivíduo pode ter cólicas e diarreia, entre outros problemas, ao consumir a substância. Para quem não tem os problemas de saúde, comer alimentos sem glúten não traz benefícios ao organismo -ainda mais quanto estamos falando de produtos industrializados.

  • MAIS PROTEÍNA

    Queridinhos de quem faz exercícios, esses produtos realmente têm a vantagem de conferir um maior aporte de proteína, nutriente essencial para a construção muscular e que promove saciedade. No entanto, é preciso ficar de olho no rótulo. Em alguns casos, a proteína usada não é de qualidade e não fornece todos os aminoácidos essenciais para os músculos. Além disso, é preciso levar em conta a presença de gorduras, edulcorantes, conservantes, aromatizantes e outros aditivos químicos que estão nesses produtos.

  • ORGÂNICOS

    Mesmo quando falamos de produtos naturais, ainda não há um consenso entre os especialistas de que os alimentos livres de agrotóxicos são mais nutritivos. E um dos perigos aqui é achar que, por ser orgânico, o alimento pode ser consumido livremente. Lembre-se que a ingestão excessiva de um açúcar, de um mel ou de uma farinha de trigo orgânica, por exemplo, traz os mesmos riscos à saúde que exagerar nas versões comuns desses produtos.

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  • ACHOCOLATADO ZERO AÇÚCAR

    Tem uma pegadinha muito usada pela indústria. Apesar de não conter o açúcar "convencional", o produto tem maltodextrina -o primeiro ingrediente, portanto em maior quantidade, das três marcas que a reportagem encontrou em supermercados de São Paulo. A substância é um carboidrato de alto índice glicêmico e gera no organismo efeitos similares ao açúcar branco. Seu consumo excessivo aumenta o risco de problemas como obesidade, resistência à insulina e diabetes. Achocolatados zero ainda trazem na fórmula edulcorantes e aditivos químicos. Alimentos do corredor saudável como leite condensado zero, doce de leite sem açúcar, creme de avelã sem açúcar e mistura para bolo zero costumam ter lista de ingredientes parecidos.

  • PAÇOCA ZERO AÇÚCAR

    O problema aqui é semelhante ao dos demais doces zero açúcar: ao retirar o ingrediente, para garantir o dulçor, a indústria usa edulcorantes naturais ou artificiais, que em excesso podem afetar a saúde intestinal. Alguns produtos também têm falsos açúcares, que já explicamos por que são ruins. É preciso ter ainda mais atenção com paçocas e outros doces zero com cobertura ou recheio de chocolate, como pães de mel, cookies, wafers etc. Eles usam o chocolate diet, que pode ser tão calórico quanto o convencional, por receber mais gordura vegetal para compensar a retirada do açúcar (além de adoçantes).

  • Pipoca artesanal

    Além de conservantes e aditivos químicos, no sabores salgados é comum haver excesso de sódio. E os sabores doces compensam a falta de açúcar com adoçantes e falsos açúcares como maltodextrina, dextrose, xarope de milho etc.

Quanto menos substâncias houver na lista de ingredientes de um alimento, mais saudável ele é. Evite consumir regularmente produtos com ingredientes com nomes esquisitos ou desconhecidos, pois eles geralmente são aditivos, conservantes e falsos açúcares

Paola Machado, doutora em ciências da saúde com foco em obesidade pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo)

Em vez disso, prefira isso

Geleias 100% fruta, como o nome diz, contêm apenas fruta e não recebem adição de açúcar ou adoçantes. Muitos desses produtos nem sequer têm aditivos e conservantes químicos (confira a lista de ingredientes). Curiosamente, apesar da maior qualidade nutricional, as geleias 100% frutas ficam no corredor de geleias e não no de alimentos saudáveis.

Chocolates 70% ou mais têm menor teor de açúcar e maior teor de cacau do que o chocolate ao leite. O fruto é rico em substâncias antioxidantes que previnem o envelhecimento precoce, protegem a saúde cardiovascular e reduzem a inflamação no organismo.

As sementes oleaginosas são fontes de gorduras poli-insaturadas, que reduzem o risco de problemas no coração e ajudam até a diminuir a gordura corporal. Se o sabor doce das barrinhas agradar você, combine as castanhas com frutas secas (uva-passa, damasco, tâmara).

Fonte de proteínas e cálcio, o iogurte natural não tem adição de açúcares. Na hora de comprar, prefira os que contêm apenas leite e fermento na lista de ingredientes, pois são os mais saudáveis. Para adoçar, você pode usar geleia 100% fruta, um pouquinho de mel ou frutas frescas e secas.

O perigo dos ultraprocessados

O principal problema dos produtos que encontramos no corredor de alimentos saudáveis dos supermercados é que eles se enquadram na categoria dos ultraprocessados, com pouco ou quase nenhum alimento real em sua lista de ingredientes.

"O processamento desses alimentos é tão intenso que eles perdem todas as características do produto natural: ficando sem estrutura, sabor, cor, cheiro. Por esse motivo, a indústria precisa inserir neles gorduras, açúcares, carboidratos e aditivos naturais ou sintéticos, como corantes, estabilizantes, edulcorantes, emulsificantes, realçadores de sabores e aromatizantes", explica Renata Bertazzi Levy, doutora em saúde pública pela USP (Universidade de São Paulo) e nutricionista pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Campinas.

Embora essas substâncias sejam utilizadas em quantidades autorizadas pelo Ministério da Saúde e órgãos regulamentadores, muitos estudos relatam que seu consumo em quantidades elevadas e grande frequência está associado a efeitos prejudiciais à saúde, como o surgimento de alergias, obesidade, alterações hormonais, problemas intestinais, alguns tipos de câncer e outras doenças, alerta Rebecca Peixoto, professora do Departamento de Nutrição da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco).

Os ultraprocessados ainda têm características sensoriais (são docinhos, bem temperados, fáceis de mastigar) que os tornam hiperpalatáveis. Ou seja, são produzidos para que você consuma grandes porções de uma só vez, muitas vezes sem perceber, e queira sempre mais. Além disso, têm um marketing agressivo —o corredor saudável é parte disso, inclusive.

"Há um prato cheio para que as pessoas comam em excesso coisas que podem trazer malefícios à saúde e são completamente dispensáveis na nossa alimentação", comenta Levy.

  • BARRINHAS DE CEREAIS E DE PROTEÍNAS

    Barrinhas de cereais tradicionais têm muitos carboidratos, incluindo açúcares. Na lista de ingredientes de um dos produtos que encontramos no corredor saudável de um mercado de São Paulo, por exemplo, havia glicose de milho (um falso açúcar) e açúcar invertido. As versões com chocolate ainda costumam trazer gordura vegetal, nutriente altamente calórico e que em excesso aumenta o risco de obesidade e problemas cardiovasculares. E as diet/zero açúcar podem receber edulcorantes. As barrinhas de proteínas têm pontos negativos parecidos: adição de gordura vegetal, adoçantes, corantes e saborizantes -e algumas oferecem grande porção de carboidratos.

  • BISCOITO RECHEADO ZERO AÇÚCAR

    Esses produtos costumam ter os tais dos falsos açúcares, que já explicamos por que não são bons à saúde. Além disso, contêm muitos carboidratos, gordura vegetal, adoçantes, saborizantes, conservantes e outros aditivos químicos.

  • CHOCOLATE ZERO AÇÚCAR OU DIET

    Contém edulcorantes, como o maltitol, e emulsificantes como a lecitina de soja e o poliglicerol polirricinoleato, que podem prejudicar a flora intestinal quando consumidos em excesso. Alguns emulsificantes também já foram associados a um maior risco de câncer. Além disso, para compensar a falta de açúcar sem perder sabor e textura, alguns chocolates zero geralmente recebem mais gordura vegetal. Com isso, os produtos diet podem ter as mesmas calorias (ou até mais) que os chocolates "normais".

Não foque só nas calorias

Um dos maiores erros de quem faz uma dieta para emagrecer é se preocupar apenas em reduzir a ingestão calórica —geralmente, o principal atrativo de produtos diet, light e zero.

"A qualidade nutricional de um alimento é muito mais importante do que as calorias que ele contém, e os ultraprocessados são de baixa qualidade nutricional", explica Carolina Guerini de Souza, professora do Departamento de Nutrição da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

Alimentos de alta qualidade nutricional são aqueles que fornecem boa quantidade de vitaminas, minerais, fibras, antioxidantes, proteínas, gorduras saudáveis e/ou carboidratos integrais —substâncias que você encontra em produtos naturais: verduras, legumes, frutas, carnes, ovos, castanhas, laticínios, tubérculos e grãos integrais.

Justamente por serem nutritivos, esses alimentos promovem saciedade e fazem com que você demore mais para sentir fome. Desse modo, você come o suficiente para alimentar bem seu corpo e mantém o peso controlado (ou emagrece). Já com os ultraprocessados, além de ser fácil cometer exageros, você tende a logo sentir fome e passa o dia comendo.

Desire Coelho, nutricionista especialista em esporte e comportamento, alerta que não devemos cair na falsa ilusão de que os alimentos fit, diet, light ou zero podem fazer parte da dieta sem qualquer moderação, por serem vendidos como saudáveis ou aliados da perda de peso. Eles só devem entrar no cardápio de maneira pontual.

"Em alguns casos, podem auxiliar na transição para uma alimentação mais saudável. Se uma pessoa não consegue ficar sem tomar refrigerante, por exemplo, é uma estratégia válida substituir a bebida pela versão sem açúcar até conseguir diminuir ou largar o hábito de consumi-la", diz Coelho.

Alimentos com baixo teor de calorias não são, necessariamente, saudáveis. Produtos ultraprocessados, devido à sua composição, não apresentam benefício nutricional. O ideal é evitar o consumo desses produtos, sejam eles diet, sejam light, sejam zero

Rebecca Peixoto, professora do Departamento de Nutrição da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco)

  • BISCOITO SALGADO VEGANO

    "Vegano" é outra palavra que o marketing da indústria adotou como sinônimo de saudável, o que acaba confundindo muita gente. Lembre-se que inúmeras substâncias que você está cansado de saber que em excesso fazem mal à saúde são veganas, como açúcar, farinha de trigo refinada, sal (sódio) e óleos vegetais. E esses costumam ser os principais ingredientes desses biscoitos, que além de ricos em carboidratos costumam ter corantes, emulsificantes, aromatizantes e outros aditivos. Apesar de não haver um consenso científico sobre os problemas que essas substâncias podem causar, muitos especialistas e até alguns estudos associam seu consumo excessivo a alergias, alterações no metabolismo e doenças crônicas como obesidade, hipertensão e câncer.

  • BEBIDA LÁCTEA PROTEICA

    Produtos com "mais proteína" atraem principalmente os praticantes de atividade física -que precisam aumentar o consumo do nutriente, essencial para a recuperação e construção muscular. No entanto, essas bebidas são ultraprocessadas e trazem adoçantes artificiais, aromatizantes e aditivos como estabilizantes celulose microcristalina, carboximetilcelulose sódica, carragena, citrato trissódico, fosfatos dipotássico e dissódico. Consumir regularmente essas e outras substâncias com nomes estranhos pode prejudicar seu organismo.

  • MACARRÃO E PÃO ZERO GLÚTEN

    Alimentos sem a proteína do trigo ganharam status de serem saudáveis, mas a substância não faz mal algum a quem não têm doença celíaca ou intolerância ao glúten. Para compensar a retirada do nutriente, que confere maciez, crescimento e textura às massas, a indústria muitas vezes precisa adicionar emulsificantes, corantes e outros aditivos químicos, que podem afetar o funcionamento do intestino e, em excesso, estão associados ao ganho de peso e aumento do risco de doenças crônicas.

Nem tudo é ruim: como identificar um alimento saudável

Claro que no corredor dos alimentos saudáveis há alguns bons produtos. O segredo para identificá-los é ler a lista de ingredientes. Quanto menos itens houver nela, melhor o produto —evite consumir regularmente aqueles que têm nomes esquisitos ou desconhecidos na fórmula, pois geralmente se tratam de aditivos químicos, conservantes, edulcorantes etc.

Um exemplo de bom alimento que você encontra no mercado é a pasta de amendoim 100% integral, que contém apenas amendoim —já as versões com sabores recebem outros ingredientes e podem conter adoçantes.

Claro que não é porque tem apenas amendoim que o produto pode ser consumido livremente. Por ser processada, ela é hiperpalatável, o que permite a você ingerir uma quantidade muito maior de amendoim do que se consumir o produto in natura —pois há todo o trabalho de descascar o amendoim e mastigá-lo bem (algo importante para sinalizar a saciedade).

Entre os bons alimentos do corredor saudável você também encontra quinoa, lentilha, aveia e outros grãos integrais (geralmente nas versões orgânicas); granolas sem açúcar, conservantes e somente com sementes, castanhas e outros grãos integrais; biscoito de arroz integral, sucos 100% fruta etc.

Como ter uma alimentação saudável de verdade

Descasque mais, desembale menos

Os verdadeiros corredores dos alimentos saudáveis são os do açougue e do hortifrúti. Verduras, legumes, frutas, carnes, peixes e ovos fazem parte da dieta humana há milênios e fornecem todos os nutrientes que o organismo precisa para funcionar bem. Além disso, promovem saciedade, o que evita que você coma muito mais do que o necessário e engorde.

Coma sem culpa, mas com moderação

Se tiver vontade de um chocolate (ou de qualquer doce), coma o alimento "normal", pois ele certamente vai saciar mais o seu desejo do que a versão zero, fit ou diet, que muitas vezes não é tão saborosa. Apenas tenha em mente que os doces e alimentos ultraprocessados devem aparecer esporadicamente em um cardápio saudável.

Busque orientação profissional

Evite fazer dieta por conta própria. Ter o acompanhamento de um nutricionista tende a tornar o processo de emagrecimento mais fácil, eficiente e duradouro. Além disso, especialistas podem sugerir receitas saudáveis e gostosas, evitando que você gaste dinheiro com produtos industrializados fit, zero, light etc.

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