Para que serve 'bolsa' com sangue que aparece ao lado de Faustão?

Faustão, 73, agradeceu à família do doador de seu coração em um vídeo publicado nas redes sociais. O apresentador passou por uma cirurgia de transplante no domingo (27).

Em recuperação, ele aparece sentado em uma cadeira com uma pequena bolsa junto ao corpo. O item é um dreno e é utilizado em cirurgias para retirar líquidos, como o sangue, que se acumulam no local operado.

Segundo o cardiologista Ricardo Petraco, cardiologista da Imperial College e Mayo Clinic London, procedimentos cirúrgicos, em geral, causam esse acúmulo de líquidos.

"O sangue, por exemplo, acumula por cortes de tecidos, músculos e de alguns vasos sanguíneos pequenos. Às vezes, o sangramento é lento, por isso o dreno fica lá até alguns dias depois da cirurgia, normalmente", explica ele a VivaBem.

Assim, é comum que os médicos orientem o uso de um dreno, para retirar esse acúmulo de substâncias. Isso diminui os riscos de possíveis infecções após a cirurgia. Quando não há mais risco de retenção de líquidos, ele é retirado.

O que aconteceu

Internado desde 5 de agosto no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, Fausto Silva fez a cirurgia para receber um novo coração em 27 de agosto. O apresentador estava em diálise e precisava de medicamentos para ajudar na força de bombeamento do coração, o que lhe colocou na lista de prioridades.

Segundo o Einstein, a Central de Transplantes do Estado de São Paulo contatou o hospital na madrugada do mesmo dia da cirurgia para informar sobre o novo coração. Após a avaliação de compatibilidade do órgão, a cirurgia foi realizada e durou cerca de 2h30. Conforme a Central de Transplantes do Estado de São Paulo, durante a mesma madrugada, o sistema localizou 12 pacientes que atendiam aos requisitos para o transplante. Faustão, no entanto, ocupava o segundo lugar entre os casos prioritários.

Ontem, Faustão fez um "agradecimento especial" a José Pereira da Silva, pai de Fábio, homem que doou o coração a Faustão. "Ele teve uma grandiosidade incrível, uma generosidade absurda e proporcionou que eu continuasse vivo. Eternamente grato ao José Pereira da Silva, um homem simples...", diz o apresentador, que se emociona e segue com a voz embargada.

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Eu fico emocionado porque ele me deu a chance de viver de novo. Agradecer ao Érisson, irmão do Fabio, à Jaqueline, a viúva. Esses que eu tenho que agradecer. Às pessoas das mais humildes, que na hora que precisei, me deram um coração novo.
Faustão

Ele diz que não sente dor: "Estou com a voz assim porque fui intubado. Não sinto nada, nenhuma dor. Estou completamente recuperado. Para que todo mundo tenha a certeza do que é um transplante, dos 200 e poucos transplantes, 60 esperaram menos de um mês. Eu dei sorte também nessa fila".

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