Covid em alta: quanto tempo deve durar onda causada por nova variante?

O Brasil vive uma nova alta de casos de covid-19, causadas pela Ômicron EG.5, uma nova subvariante do vírus.

Segundo o médico Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, o aumento deve durar de 4 a 6 semanas, sem causar complicações para a maior parte das pessoas infectadas — seja pela vacina, seja por contaminações prévias.

"São, em maior parte, casos leves, que tem muito pouco impacto em gravidade, como já era esperado. Estávamos vendo essa mesma evolução em outros países onde essa variante nova, a EG.5, entrou. Existe o aumento de casos, mas com pouca repercussão em termos de gravidade e internação", afirmou Chebabo a VivaBem.

O médico também explica que o prazo de atuação da nova variante foi calculado com base em ondas anteriores da covid-19.

"Normalmente elas duram de 6 a 8 semanas. A última que a gente teve, no início desse ano, também durou mais ou menos isso. Então, como a gente já tem mais ou menos duas semanas de circulação dessa nova variante, calculei (que ela deve ficar em alta) mais ou menos de 4 a 6 semanas. Essa é a expectativa que a gente tem", conclui.

Variante surgiu no Brasil no início de agosto

O primeiro caso da variante EG.5, conhecida popularmente como Éris, foi identificado no Estado de São Paulo no início de agosto, em uma paciente de 71 anos.

Hoje, já são dois casos confirmados em São Paulo, um no Rio de Janeiro e um no Distrito Federal, indicando que há transmissão comunitária da EG.5, segundo a assessoria do Hospital São Luiz do Morumbi, na capital paulista.

"Apesar do aumento da transmissão, não foi identificado até o momento aumento dos casos graves, com internação em unidades intensivas e óbitos. Mas, é preciso ter atenção às medidas de prevenção, principalmente entre a população mais vulnerável, como idosos e pessoas com comorbidades", alerta Fernando de Oliveira, infectologista da unidade de saúde.

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Recomendações e vacinação

As recomendações são as mesmas do início da pandemia: higiene das mãos e uso de máscara, principalmente para quem apresenta algum sintoma ou frequenta locais com grande concentração de pessoas.

Além disso, é importante que a população siga os protocolos de vacinação. A Sociedade Brasileira de Infectologia recomenda que todas as pessoas com mais de seis meses de idade devem ter pelo menos três doses de vacina contra covid-19. Já os grupos de risco devem ter doses adicionais, preferencialmente com a vacina bivalente.

De acordo com boletins dos Centros de Controle de Doenças Americano e Europeu, e da OMS, outra subvariante classificada como "sob monitoramento" é a BA2.86, que causa preocupação em decorrência da grande quantidade de mutações na parte principal do vírus.

Já há registro de casos nos Estados Unidos, Europa e África, porém ainda sem muitas informações sobre o comportamento do vírus.

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