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Homem cresce 17 centímetros após cirurgia com quebra de ossos; entenda

Instagram/mrbrokenbonez
Imagem: Instagram/mrbrokenbonez

De VivaBem*, em São Paulo

14/05/2023 13h46

Um homem compartilhou nas redes sociais sua jornada de crescimento forçado de estatura. Ele passou de 165 cm de altura para 182 cm após fazer cirurgias que quebram os ossos da perna. O objetivo é "obrigar" o osso a preencher o espaço vazio entre as duas partes enquanto cicatriza.

Fazendo alusão ao procedimento, o homem se apresenta ao público como Mr. Broken Bonez (Senhor Ossos Quebrados, em tradução livre). Os 17 centímetros a mais foram conquistados em um processo demorado e doloroso que pode custar US$ 70 mil (cerca R$ 345 mil).

No TikTok e no Instagram, Bonez contou que atingiu 174,5 cm depois de operar o fêmur (osso da coxa). Em seguida, fez o procedimento na tíbia (osso da canela) para chegar aos 182 cm.

Mas não basta somente operar e esperar o osso crescer. Ele mostra que precisou de sessões diárias de fisioterapia e exercícios de força para o corpo se adaptar às mudanças.

Como é a cirurgia para crescer?

A operação de alongamento ósseo é invasiva e consiste em quebrar o fêmur ou a tíbia —às vezes os dois— para ganhar alguns centímetros.

Primeiro, é feito um furo nos ossos da perna, que depois são divididos em dois.

Em seguida, uma haste de metal é colocada cirurgicamente no osso e mantida no lugar por uma série de parafusos.

A haste é lentamente alongada em até um milímetro por dia, estendendo-se até que o paciente atinja a altura desejada e seus ossos sejam deixados para cicatrizar novamente.

Alongamento ósseo: quem pode fazer?

Geralmente, o procedimento é indicado para casos específicos. Pessoas com alguma deformidade óssea —como ter uma perna maior do que a outra— ou com nanismo podem se beneficiar da cirurgia. No entanto, a operação vem ganhando fins estéticos, o que levanta polêmicas e preocupações.

Há riscos na cirurgia?

A comunidade médica chama atenção para os riscos de se submeter a um procedimento tão invasivo por questões estéticas. Entre as possíveis complicações estão danos nos nervos, embolias arteriais e a possibilidade de os ossos não se unirem novamente.

Embora hajam técnicas e tecnologia aprimoradas para reduzir os riscos, o procedimento continua extremamente complexo. Além dos ossos precisarem crescer, também é necessários desenvolver mais músculos, nervos e vasos sanguíneos, por exemplo.

Os especialistas também alertam para os riscos psicológicos que devem ser levados em conta, como o fato de alguns pacientes poderem apresentar dismorfia corporal.

Tendência entre homens

Fora do Brasil, clínicas confirmam que o alongamento de pernas tem sido cada vez mais procurado por homens. Eles buscam melhorar a autoconfiança e comentam que, geralmente, mulheres não namoram homens mais baixos do que elas.

Por trás desse desejo está também a pressão social, que influencia na decisão deles. Dados da revista Forbes sugerem que a altura média das 500 pessoas mais ricas do planeta é de 182 cm.

Assim, a estética de ser mais alto prevalece sobre o bem-estar físico e mental que pode ser comprometido. Ao optar pela cirurgia, é importante entender que se trata de uma operação complexa, cara, de alto risco e com um longo processo de recuperação, que deve ser supervisionada por especialistas.

*Com informações de reportagem publicada em 29/11/2022