Cidades registram casos de doença mão-pé-boca; entenda a síndrome

Na última semana, notícias sobre possíveis surtos da doença mão-pé-boca acenderam um alerta em cidades como Farroupilha (RS), Urussanga (SC), Sorocaba e Região do Grande ABC (SP).

Considerada altamente contagiosa, a síndrome pode afetar qualquer pessoa, mas é mais frequente em crianças com até 5 anos de idade —tanto que os relatos foram em escolas de ensino infantil.

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A enfermidade caracteriza-se por feridas dolorosas na boca e na língua, além de erupções nas palmas das mãos e na sola dos pés -daí o nome. Causada pela infecção de um vírus do gênero dos enterovírus, como o Coxsackie, a doença tende a desaparecer sozinha, sem necessidade de medicamentos específicos.

Em casos mais graves, a intervenção médica pode ser necessária, inclusive com internação se as lesões na boca forem extensas a ponto de dificultar a ingestão de alimentos. Comprometimento no sistema nervoso central é raro, mas também pode requerer internação.

A doença é considerada sazonal em países de clima temperado: no verão ou no começo do outono, são comuns surtos em escolas e creches. O começo do ano pode registrar esses casos mais frequentes devido ao início das aulas.

Entenda o que é a doença mão-pé-boca

É uma infecção viral altamente contagiosa que acomete áreas determinadas do corpo como mão, pé e boca. Pode atingir também a região genital e as nádegas.

Como ocorre a infecção?

Os vírus do gênero dos enterovírus são encontrados em secreções respiratórias (do nariz ou da boca, como saliva, coriza ou muco nasal, etc.) e em fezes de pessoas infectadas.

O contágio se dá de forma direta ou indireta, mesmo antes da manifestação dos sintomas característicos. Pode ocorrer por:

• Contato de pessoa a pessoa (como por exemplo, por meio de um beijo);
• Pelo ar (tosse ou espirro);
• Pelas fezes (incluindo água contaminada);
• Contato com superfícies e objetos contaminados.

Os sintomas iniciais da síndrome são:

• Febre moderada;
• Dor de garganta;
• Perda do apetite;
• Mal-estar geral.

Após cerca de dois dias, ainda podem ocorrer:

• Feridas dolorosas na boca e na língua (lesões vesiculares);
• Erupções (lesões avermelhadas que se transformam em bolhas) nas palmas das mãos, nas solas dos pés, mas também nos tornozelos, cotovelos, genitais e/ou nádegas.

A ajuda médica deve ser procurada quando há febre persistente, dificuldade para se alimentar e presença de tremores e fraqueza (sinais de comprometimento do sistema nervoso central).

Tratamento para doença mão-pé-boca

O tratamento da síndrome tem como objetivo aliviar os sintomas como dor e febre, o que se faz por meio do uso de analgésicos, bem como outras medicações que reduzam o desconforto causado pelas lesões.

Além disso, indica-se manter a pessoa hidratada para prevenir a desidratação, já que pode ser difícil alimentá-la de forma adequada.

*Com informações de reportagem publicada em 26/07/2022