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O que é a síndrome do cabelo impenteável, que deixa fios desordenados

Bebê tem síndrome do cabelo impenteável, uma condição rara e hereditária - Reprodução/Instagram
Bebê tem síndrome do cabelo impenteável, uma condição rara e hereditária Imagem: Reprodução/Instagram

Do VivaBem, em São Paulo

28/02/2022 16h36

Na semana passada, uma criança de 1 ano e 4 meses fez sucesso nas redes sociais por causa de seu cabelo. Lock Samples, dos Estados Unidos, tem uma condição rara chamada de síndrome do cabelo impenteável, que deixa seus fios desordenados e que não se modificam ao serem penteados ou escovados.

O menino não foi o único a chamar atenção por seu cabelo. Em 2019, Wynter Seymour, uma garotinha inglesa, também apareceu em diversos sites e emissoras de TV com seus fios impenteáveis.

Por que a síndrome aparece?

Ainda não há muitos estudos sobre o tema, mas a alteração foi notada apenas em caucasianos até o momento e geralmente em pessoas com cabelo loiro.

A causa também é uma incógnita para a ciência. A condição aparece tanto de forma esporádica quanto como resultado de uma herança autossômica dominante, ou seja, aparece em todas as gerações de uma família. Entretanto, nenhuma anormalidade foi associada a ela.

De acordo com a mãe de Lock, ele nasceu com cabelos normais, mas a partir dos seis meses começou uma mudança e, quando a família tentava lavar o cabelo da criança, era difícil até molhá-lo. "Assim que seca, ele volta a subir."

Wynter Seymour - Reprodução/The Mirror - Reprodução/The Mirror
Wynter Seymour também tem a condição rara
Imagem: Reprodução/The Mirror

Segundo Adriano Almeida, médico tricologista presidente da Sociedade Brasileira do Cabelo, qualquer um pode desenvolver a síndrome, porém ela é mais comum entre a infância e a adolescência, e geralmente há melhora espontânea com o passar dos anos.

Uma publicação no Anais Brasileiros de Dermatologia mostrou que 50% dos cabelos de quem tem a síndrome são triangulares, reniformes (com formato semelhante a um rim ou feijão), achatados ou simplesmente irregulares. Além disso, os autores dizem que, embora de aparência seca e dura ao toque, habitualmente os fios não são frágeis.

Há tratamento?

Almeida afirma que não há um tratamento que seja obrigatoriamente efetivo, porém pode haver melhora clínica após alguns meses de suplementação com biotina. A publicação dos dermatologistas cita que há relato de melhora clínica após quatro meses de suplementação.

A hidratação dos cabelos pode ser de grande ajuda, assim como o uso de condicionadores.