Com 237 novas mortes por covid-19, Brasil se aproxima de 598 mil óbitos
O Brasil registrou 237 novas mortes por covid-19 ao longo das últimas 24 horas, elevando o total a 597.986 desde o início da pandemia. Os dados foram obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de Saúde. Nos fins de semana e feriados, os dados tendem a ser menores, uma vez que há represamento nas secretarias.
Com a atualização, a média móvel no país se manteve em 500, mesmo número registrado ontem. É ainda o menor índice desde 13 de setembro, quando registrou 467. O número chegou a ficar abaixo de 500 também entre os dias 8 e 13 de setembro, mas voltou a subir uma semana após o feriado de 7 de Setembro.
Com o índice de hoje, o país completa nove dias com tendência de estabilidade, caindo 10% na comparação com 14 dias atrás. Antes, entre 22 e 24 de setembro, o Brasil teve três dias em tendência de queda, após uma semana com estabilidade.
As secretarias de Saúde de dois estados, Tocantins e Rondônia, não atualizaram os números hoje.
A média móvel é o melhor indicador para analisar a pandemia, pois corrige as flutuações nos dados das secretarias de Saúde que ocorrem aos fins de semana e em feriados. A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.
Hoje, 4 estados e o Distrito Federal tiveram alta na média de mortes. Dez estados tiveram queda na média de mortes. Também 10 estados tiveram estabilidade hoje. Tocantins e Rondônia, que não informaram dados hoje, não estão contabilizados.
Das regiões, Nordeste e Norte tiveram queda na média móvel hoje, com -18% e -35% respectivamente. As demais ficaram com números estáveis quando comparados a duas semanas atrás: Centro-Oeste (-10%), Sudeste (-8%) e Sul (-10%).
Também foram registrados mais 9.176 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Ao todo, 21.465.674 diagnósticos foram confirmados no país desde março de 2020.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal
Região Sudeste
- Espírito Santo: estabilidade (-14%)
- Minas Gerais: queda (-10%)
- Rio de Janeiro: queda (-24%)
- São Paulo: estabilidade (+13%)
Região Norte
- Acre: alta (+100%)
- Amazonas: estabilidade (-11%)
- Amapá: queda (-13%)
- Pará: queda (-57%)
- Rondônia: estabilidade (+13%) * O estado não atualizou dados de mortes até as 20h de hoje, portanto a variação se refere à média de ontem.
- Roraima: queda (-38%)
- Tocantins: estabilidade (+4%) * O estado não atualizou dados de mortes até as 20h de hoje, portanto a variação se refere à média de ontem.
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-19%)
- Bahia: queda (-69%)
- Ceará: alta (+184%)
- Maranhão: queda (-23%)
- Paraíba: queda (-19%)
- Pernambuco: estabilidade (+4%)
- Piauí: alta (+63%)
- Rio Grande do Norte: queda (-60%)
- Sergipe: alta (+50%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: alta (+32%)
- Goiás: estabilidade (-13%)
- Mato Grosso: queda (-31%)
- Mato Grosso do Sul: estabilidade (-3%)
Região Sul
- Paraná: estabilidade (-14%)
- Rio Grande do Sul: estabilidade (+14%)
- Santa Catarina: queda (-21%)
Dados do Ministério
Em boletim divulgado hoje, o Ministério da Saúde informou que foram reportadas 225 novas mortes causadas pela covid-19 no Brasil nas últimas 24 horas. O total de óbitos causados pela doença chegou a 597.948 desde o começo da pandemia.
De acordo com as informações da pasta, houve 9.004 diagnósticos positivos para o novo coronavírus entre ontem e hoje no país. Desde março de 2020, o total de infectados chegou a 21.468.121.
Até o momento, houve 20.442.653 casos recuperados da doença, segundo o governo federal. Outros 427.520 estão em acompanhamento.
Mapa da vacinação reflete Brasil desigual
Com 43% da população totalmente imunizada contra a covid-19, o Brasil vê a vacinação avançar com disparidades entre os estados. O resultado é um mapa desigual da imunização no país, segundo mostra análise da reportagem a partir de dados obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.
As diferenças são gritantes —no Norte, seis dos sete estados têm as menores coberturas vacinais, enquanto estados do centro-sul surgem à frente com avanço inclusive na aplicação de doses de reforço. O mapeamento espelha desigualdades socioeconômicas regionais.
Para se ter ideia da disparidade, enquanto o Mato Grosso do Sul lidera com 57,53% da população imunizada (ciclo completo), Roraima vacinou 22,4% —uma discrepância de mais de 30 pontos percentuais —, conforme dados do consórcio de veículos de imprensa da última sexta-feira (1º).
A desigualdade no mapa da vacinação é reflexo de condições geográficas e socioeconômicas nos estados —como composição etária da população, dificuldade de acesso a localidades e de acondicionamento dos imunizantes — aliadas a critérios de distribuição de doses adotados pelo Ministério da Saúde.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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