Pazuello tem síndrome vasovagal durante CPI; condição pode provocar desmaio
Durante a pausa da CPI da Covid nesta quarta-feira (19), o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello passou mal e precisou ser atendido, segundo o senador e médico Otto Alencar. De acordo com ele, Pazuello teve uma síndrome vasovagal e já está bem.
"Quando cheguei, ele estava com uma síndrome vasovagal típica, perdeu sangue do cérebro, estava muito pálido, acontece muito isso, já aconteceu aqui. Quando o vi assim, peguei, coloquei num sofá, deitado com as pernas para cima, para o sangue voltar pro cérebro. Isso acontece muito com as pessoas que ficam muito tempo em pé, às vezes se emocionam um pouco, não pode deixar de atender", disse o senador em entrevista à GloboNews.
Essa síndrome é mais comum do que se imagina, mas a maioria das pessoas sequer sabe que sofre dessa condição. De forma inesperada, elas podem desmaiar e acordar rapidamente.
Isso ocorre porque a síndrome ou síncope vasovagal provoca a diminuição da pressão arterial e dos batimentos cardíacos, originando sintomas como fraqueza, palidez, calor, náuseas, tontura, dor de cabeça e, por fim, o desmaio. A perda da consciência ocorre devido à dilatação dos vasos sanguíneos, por um estímulo inadequado do nervo vago, parte do sistema nervoso autônomo.
Essas crises acontecem, principalmente, quando a pessoa passa muito tempo em pé em ambientes quentes e fechados. A ingestão de bebidas alcoólicas e a prática de atividades físicas intensas também podem acarretar o problema.
"Quando estamos em pé, o sangue tende a se acumular nos membros inferiores. Para manter a pressão, o nervo envia comandos para contrair os vasos. Diante de certos gatilhos, esses sensores dizem erroneamente que a pressão está alta. Então, os vasos dilatam, provocando o desmaio", explica o cardiologista Guilherme Fenelon, coordenador do Centro de Arritmia do Hospital Albert Einstein*.
Mas a síndrome vasovagal não é considerada uma doença, e sim uma condição benigna, multifatorial, que está por trás de mais de metade dos desmaios e que acomete mais mulheres do que homens, todos jovens em geral. Em crianças, é raro, mas em adolescente tem maior frequência. Costuma ser um problema de adultos com menos de 40 anos.
Como é o tratamento
A síndrome em si não causa a morte, mas pode provocar uma queda e a pessoa se machucar gravemente, por exemplo. Para tratar, os especialistas indicam as seguintes medidas:
- Praticar atividade física regularmente (que contribui para o aumento da capacidade cardiovascular e uma melhor circulação sanguínea);
- Manter-se bem hidratado;
- Alimentar-se adequadamente;
- Evitar ficar muito tempo em pé e em lugares abafados;
- Deitar-se ou pelo menos se sentar quando começar a sentir os sintomas, para a pressão voltar ao normal.
Para ajudar no controle da síncope, uma dica é dormir com a cabeça um pouco inclinada, pois o organismo se acostuma com o estresse da inclinação e tende a enfrentar melhor as crises. Em casos muito severos, pode ser necessário o uso de marcapasso e medicamentos que ajudem a aumentar a pressão arterial.
* Com informações de reportagens publicadas em 06/01/2019 e 07/02/2019
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