Conheça 5 sinais que podem indicar que o seu fígado não está bem
![Imagem](https://conteudo.imguol.com.br/c/entretenimento/bc/2022/11/09/imagem-de-um-figado-orgao-1668002166227_v2_450x450.jpg)
Todos os dias o nosso corpo pode vir a ser intoxicado por alimentos cujas substâncias químicas —gorduras, corantes, conservantes, aromatizantes e agrotóxicos, entre outras—, em excesso, formam toxinas que acabam sobrecarregando o nosso fígado.
É importante lembrar que o fígado tem papel fundamental no sistema digestório, pois sua função é metabolizar e armazenar nutrientes, que só ficam prontos para serem absorvidos e utilizados pelo organismo após passarem por esse órgão.
O próprio organismo trata de eliminar naturalmente as toxinas por meio da transpiração, da respiração, das fezes e da urina. Porém, quando há exagero, o corpo pode sofrer os efeitos e sinalizar que existe um desequilíbrio no fígado —que precisa trabalhar com uma carga maior para filtrar as impurezas do sangue.
Na maioria das vezes, os problemas hepáticos são silenciosos. A pessoa demora a apresentar sinais clínicos e sintomas de que está com alguma doença. Por isso, algumas sensações e quadros soam como uma advertência. Os principais são:
1. Fadiga sem explicação
![Imagem](https://conteudo.imguol.com.br/c/entretenimento/8e/2020/05/26/cansaco-1590496940377_v2_750x421.jpg)
Fraqueza, letargia e baixo rendimento físico e mental podem apontar disfunções no fígado. Como o órgão trabalha no armazenamento de vitaminas A, D, E e K, essenciais para manter bons níveis de energia, seu comprometimento por acúmulo de toxinas dificulta a filtragem do sangue e a oxigenação das células. O resultado é pouco pique e um cansaço constante.
2. Alterações na cor da urina e nas fezes
![Imagem](https://conteudo.imguol.com.br/c/entretenimento/c0/2020/09/01/coco-fezes-1598978560413_v2_750x421.jpg)
Embora também possam indicar infecções urinárias ou intestinais, mudanças devem ser observadas com cuidado. Fezes mais claras ou esbranquiçadas, que em alguns casos parecem até massa de vidraceiro, significam que a bile (substância secretada pelo fígado e que atua na absorção das gorduras) não consegue atingir o intestino.
É ela quem dá a coloração marrom às fezes. Já a urina escura, com um tom parecido ao da Coca-Cola, pode apontar um problema hepático devido ao acúmulo de gordura no fígado. Em geral, a tonalidade saudável da urina é amarelo-pálido.
3. Cólicas e inflamação abdominal
![Imagem](https://conteudo.imguol.com.br/c/entretenimento/66/2020/07/20/mulher-com-colica-gases-dor-de-estomago-1595255168926_v2_750x421.jpg)
Dificilmente um mal-estar intestinal, como cólicas ou diarreias, e um abdome mais inchado podem sinalizar problemas no fígado, mas se for algo persistente há o risco de o fígado apresentar dificuldade para se livrar de resíduos e necessitar de uma desintoxicação. Gases em excesso também merecem atenção.
4. Pele e olhos amarelados
![Imagem](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/42/2017/01/16/ictericia-olhos-amarelos-1484592479925_750x421.jpg)
Significam icterícia, resultado do acúmulo de bilirrubina, substância que dá pigmento à bile. Quando o fígado tem dificuldade de filtrar as toxinas do sangue, a bilirrubina se acumula na corrente sanguínea e provoca a alteração na pele e o amarelamento da esclera (a parte branca dos olhos).
Dependendo do grau, a pessoa pode ter coceira na pele, devido à impregnação por bile. Além disso, o quadro ainda pode indicar hepatite A, B ou C.
5. Inchaço
![Imagem](https://conteudo.imguol.com.br/c/entretenimento/60/2019/12/15/pe-inchado-inchaco-edema-1576421324353_v2_750x421.jpg)
A retenção de líquidos é mais relacionada às pessoas que têm doenças renais, mas também costuma atingir quem sofre de problemas hepáticos. O quadro surge na forma de uma inflamação nos pés, pernas e outras partes do corpo e que, pressionada com o dedo, deixa uma marca meio funda no local por alguns segundos.
Como tratar o problema?
De acordo com especialistas, a melhor forma de prevenir o acúmulo de toxinas é fazer um check-up anual, para que o problema seja detectado precocemente via exames de sangue de rotina.
Outro exame imprescindível é a ultrassonografia, que consegue analisar muito bem o fígado de forma estrutural e checar também se existe algum outro tipo de problema, como acúmulo de gordura (esteatose hepática), cálculos na vesícula, etc.
![Imagem](https://conteudo.imguol.com.br/c/entretenimento/33/2020/10/30/alcoolismo-alcool-bebida-alcoolica-1604079914404_v2_750x421.jpg)
Se a pessoa estiver com quilos além do considerado saudável e uma ultrassonografia já constatou a esteatose hepática, é bom procurar um gastroenterologista ou um hepatologista para investigar se a doença está relacionada à obesidade ou a algum outro fator.
A eliminação das toxinas depende do tratamento da doença de base, mas uma mudança de estilo de vida sempre ajuda. Os casos mais leves são tratados apenas com alterações na dieta: evitar pratos industrializados e o consumo de álcool (que pode lesionar a ponto de provocar uma cirrose hepática) são passos importantes, assim como aumentar o consumo de alimentos naturais, principalmente frutas, legumes e verduras, e o de água.
No entanto, nas situações de maior gravidade, podem ser necessários remédios para diminuir a inflamação, o colesterol, a glicemia e outros fatores que afetam o fígado.
Fontes: Gabriela Cilla, gastróloga, nutricionista clínica, funcional e esportiva e diretora da Clínica NutriCilla, de São Paulo (SP); Marcelo da Silva Pedro, médico cirurgião no Hospital Israelita Albert Einstein e no Hospital São Luiz, ambos em São Paulo (SP), e membro da diretoria do Departamento de Gastroenterologia da APM (Associação Paulista de Medicina); e Vanessa Prado, cirurgiã do aparelho digestivo, médica do Centro de Especialidades do Aparelho Digestivo do Hospital Nove de Julho, em São Paulo (SP), e membro da SBCD (Sociedade Brasileira de Cirurgia do Aparelho Digestivo) e da SBC (Sociedade Brasileira de Coloproctologia).
*Com informações de reportagem de março de 2021.
Deixe seu comentário