Conheça 5 sinais que podem indicar que o seu fígado não está bem

Todos os dias o nosso corpo pode vir a ser intoxicado por alimentos cujas substâncias químicas —gorduras, corantes, conservantes, aromatizantes e agrotóxicos, entre outras—, em excesso, formam toxinas que acabam sobrecarregando o nosso fígado.

É importante lembrar que o fígado tem papel fundamental no sistema digestório, pois sua função é metabolizar e armazenar nutrientes, que só ficam prontos para serem absorvidos e utilizados pelo organismo após passarem por esse órgão.

O próprio organismo trata de eliminar naturalmente as toxinas por meio da transpiração, da respiração, das fezes e da urina. Porém, quando há exagero, o corpo pode sofrer os efeitos e sinalizar que existe um desequilíbrio no fígado —que precisa trabalhar com uma carga maior para filtrar as impurezas do sangue.

Na maioria das vezes, os problemas hepáticos são silenciosos. A pessoa demora a apresentar sinais clínicos e sintomas de que está com alguma doença. Por isso, algumas sensações e quadros soam como uma advertência. Os principais são:

1. Fadiga sem explicação

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Fraqueza, letargia e baixo rendimento físico e mental podem apontar disfunções no fígado. Como o órgão trabalha no armazenamento de vitaminas A, D, E e K, essenciais para manter bons níveis de energia, seu comprometimento por acúmulo de toxinas dificulta a filtragem do sangue e a oxigenação das células. O resultado é pouco pique e um cansaço constante.

2. Alterações na cor da urina e nas fezes

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Embora também possam indicar infecções urinárias ou intestinais, mudanças devem ser observadas com cuidado. Fezes mais claras ou esbranquiçadas, que em alguns casos parecem até massa de vidraceiro, significam que a bile (substância secretada pelo fígado e que atua na absorção das gorduras) não consegue atingir o intestino.

É ela quem dá a coloração marrom às fezes. Já a urina escura, com um tom parecido ao da Coca-Cola, pode apontar um problema hepático devido ao acúmulo de gordura no fígado. Em geral, a tonalidade saudável da urina é amarelo-pálido.

3. Cólicas e inflamação abdominal

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Dificilmente um mal-estar intestinal, como cólicas ou diarreias, e um abdome mais inchado podem sinalizar problemas no fígado, mas se for algo persistente há o risco de o fígado apresentar dificuldade para se livrar de resíduos e necessitar de uma desintoxicação. Gases em excesso também merecem atenção.

4. Pele e olhos amarelados

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Significam icterícia, resultado do acúmulo de bilirrubina, substância que dá pigmento à bile. Quando o fígado tem dificuldade de filtrar as toxinas do sangue, a bilirrubina se acumula na corrente sanguínea e provoca a alteração na pele e o amarelamento da esclera (a parte branca dos olhos).

Dependendo do grau, a pessoa pode ter coceira na pele, devido à impregnação por bile. Além disso, o quadro ainda pode indicar hepatite A, B ou C.

5. Inchaço

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A retenção de líquidos é mais relacionada às pessoas que têm doenças renais, mas também costuma atingir quem sofre de problemas hepáticos. O quadro surge na forma de uma inflamação nos pés, pernas e outras partes do corpo e que, pressionada com o dedo, deixa uma marca meio funda no local por alguns segundos.

Como tratar o problema?

De acordo com especialistas, a melhor forma de prevenir o acúmulo de toxinas é fazer um check-up anual, para que o problema seja detectado precocemente via exames de sangue de rotina.

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Outro exame imprescindível é a ultrassonografia, que consegue analisar muito bem o fígado de forma estrutural e checar também se existe algum outro tipo de problema, como acúmulo de gordura (esteatose hepática), cálculos na vesícula, etc.

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Se a pessoa estiver com quilos além do considerado saudável e uma ultrassonografia já constatou a esteatose hepática, é bom procurar um gastroenterologista ou um hepatologista para investigar se a doença está relacionada à obesidade ou a algum outro fator.

A eliminação das toxinas depende do tratamento da doença de base, mas uma mudança de estilo de vida sempre ajuda. Os casos mais leves são tratados apenas com alterações na dieta: evitar pratos industrializados e o consumo de álcool (que pode lesionar a ponto de provocar uma cirrose hepática) são passos importantes, assim como aumentar o consumo de alimentos naturais, principalmente frutas, legumes e verduras, e o de água.

No entanto, nas situações de maior gravidade, podem ser necessários remédios para diminuir a inflamação, o colesterol, a glicemia e outros fatores que afetam o fígado.

Fontes: Gabriela Cilla, gastróloga, nutricionista clínica, funcional e esportiva e diretora da Clínica NutriCilla, de São Paulo (SP); Marcelo da Silva Pedro, médico cirurgião no Hospital Israelita Albert Einstein e no Hospital São Luiz, ambos em São Paulo (SP), e membro da diretoria do Departamento de Gastroenterologia da APM (Associação Paulista de Medicina); e Vanessa Prado, cirurgiã do aparelho digestivo, médica do Centro de Especialidades do Aparelho Digestivo do Hospital Nove de Julho, em São Paulo (SP), e membro da SBCD (Sociedade Brasileira de Cirurgia do Aparelho Digestivo) e da SBC (Sociedade Brasileira de Coloproctologia).

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*Com informações de reportagem de março de 2021.

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