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Sthefany Brito diz que amamentar está sendo muito dolorido; é normal?

Reprodução/Instagram
Imagem: Reprodução/Instagram

Samantha Cerquetani

Colaboração para o VivaBem

11/11/2020 17h05

A atriz Sthefany Brito, que deu à luz seu primeiro filho, Antônio Enrico, no dia 1º de novembro, contou que está passando por dificuldades e dores para conseguir amamentar.

"Estou aqui no melhor lugar do mundo e também no mais desafiador. Acabei de amamentar e ainda está muito difícil e dolorido. Com vontade de chorar, mesmo. Não está sendo nem um pouco fácil. Com toda ajuda que tenho tido, fico pensando que acho que já teria desistido, se não fosse o suporte que tenho recebido", escreveu no Instagram.

A atriz critica ainda a romantização que fazem da maternidade, da amamentação e do puerpério. "Escuto todo mundo dizer que vai passar. Mas, no momento, a sensação é que nunca vai parar de doer. A cada pega dele no peito, eu viajo até a lua e volto".

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), no Brasil, cerca de 39% das mães dão o leite materno como alimentação exclusiva de seus bebês até os seis meses. Mas algumas sentem muita frustração e dor ao amamentar.

Sérgio Makabe, vice-presidente da Comissão Nacional Especializada em Aleitamento Materno da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), diz que a mãe pode sentir dor, sim, mas o ideal é que ela não desista de amamentar. O leite materno traz muitos benefícios para os bebês. Geralmente, a complementação só é indicada pelo pediatra quando não há ganho de peso da criança.

"As gestantes precisam contar com uma orientação sobre a amamentação já no pré-natal. Elas precisam entender que o leite materno é tudo o que o bebê precisa para se manter nutrido. E logo que a criança nasce é importante que ela seja amamentada e a mãe aprenda as técnicas adequadas para evitar dores na amamentação", diz.

Quais são os desafios na hora de amamentar?

Por ser um período de adaptação, as mães podem ter dificuldades para amamentar os seus bebês. Mas, de acordo com Makabe, durante a gravidez, o corpo da mulher passa por muitas transformações, e com as mamas não é diferente.

"A mãe precisa entender como é realizada a pega da forma correta —que é realizada na aréola da mama, e não no bico— para que o bebê consiga sugar o leite. E também aprender qual é a posição correta, e não puxar a criança de forma abrupta para evitar as fissuras (pequenos cortes), que causam dores".

Segundo o especialista, é importante estimular a livre demanda, ou seja, amamentar enquanto a criança estiver com fome. "Após a mamada, a mãe pode colocar leite materno nos seios, pois isso ajuda na cicatrização. Outra dica é tomar um pouco de sol nas mamas pela manhã. Não é preciso passar cremes ou fazer esfoliação para deixar a pele da região mais grossa. Isso é crença popular", acrescenta.

Makabe reforça que durante os seis primeiros meses, o bebê precisa apenas de leite materno. "A recomendação é não parar de amamentar e trocar por mamadeira, se sentir dificuldade. É importante buscar ajuda profissional e averiguar se há algum problema como mastite, que é uma inflamação na mama".