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Estilo e qualidade de vida afetam a densidade óssea, conclui estudo

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Imagem: iStock

Bruna Alves

Do VivaBem, em São Paulo

24/10/2020 16h38

Dependendo da atividade que fazemos, com o passar do tempo, nossos ossos começam a refletir os impactos do dia a dia, especialmente em pessoas que tiveram uma vida mais dura. Esse foi o resultado de um estudo americano publicado no American Journal of Human Biology.

Realizado por pesquisadores da Universidade de Illinois Urbana-Champaign, o estudo mostrou que atividades mais "pesadas" podem afetar os ossos do corpo.

Como foi feito o estudo?

Os pesquisadores estudaram uma população de mulheres na zona rural da Polônia nos últimos quatro anos, para entender como seu estilo de vida afetava sua densidade óssea.

O estudo se concentrou em uma população de agricultores cujo estilo de vida envolve trabalho agrícola e doméstico, como cultivo de frutas e vegetais, batendo em tapetes, lavando janelas e cuidando de crianças.

"Fizemos algumas medidas corporais básicas e observamos os padrões de atividade física dessas mulheres. Também usamos um sonômetro ósseo, fornecido pelo Centro de Imagens Biomédicas da Beckman. É um dispositivo portátil que pode ser convenientemente usado para realizar medições de densidade óssea", disse uma das autoras da pesquisa, Katharine Lee, recém-formada pelo grupo Clancy, afiliado ao Instituto Beckman de Ciência e Tecnologia Avançada.

Os pesquisadores se concentraram em mulheres com idades entre 18 e 46 anos. "Nós nos perguntamos por que havia tão pouca pesquisa em mulheres na pré-menopausa, já que presumivelmente sua densidade óssea e atividade predizem osteoporose na pós-menopausa", disse Kathryn Clancy , professora associada de antropologia em Illinois e membro do corpo docente da Beckman em meio período.

E quais foram os resultados?

"Vimos que medidas como força de preensão e massa magra estão associadas à densidade óssea e ao tamanho do corpo dessas mulheres na pré-menopausa. Vimos também que a densidade óssea do rádio, que é o osso da base do polegar, é muito alta em comparação com uma mulher branca média de ascendência europeia", explica Lee.

Os pesquisadores acreditam que este estudo vai ajudar a entender como o estilo de vida interfere na saúde. "É importante pensar sobre quais populações não estão representadas na literatura e olhar para estilos de vida que são diferentes do estilo de vida moderno e sedentário que a maioria das pessoas nos EUA tem", ressalta Lee.

A intenção de agora em diante é realizar mais pesquisas para entender se o ambiente da infância ajudou a moldar a saúde óssea dessas mulheres.