Homem descobre que dor na boca não era dente, mas pedra na glândula salivar
![A patologia afeta duas vezes mais homens que têm entre 30 e 50 anos - Nilesh et al., BMJ, 2020](https://conteudo.imguol.com.br/c/entretenimento/fb/2020/03/05/a-patologia-afeta-duas-vezes-mais-homens-que-tem-entre-30-a-50-anos-1583422266308_v2_450x450.jpg)
Um cálculo gigante foi encontrado na glândula salivar de um homem de 37 anos, na Índia. Por ser muito raro pedras com 1,5 cm ou mais neste local do corpo, o caso foi reportado no periódico BMJ Case Reports, no dia 28 de fevereiro.
A anormalidade do episódio foi tanta que confundiu os dentistas. A princípio, o primeiro especialista que o paciente visitou pensou que o problema era um dente incluso, ou impactado. Nesta condição, o dente não consegue sair da gengiva, causando dor, inflamação, cáries e doenças gengivais.
Encaminhado a um cirurgião, que pediu um ultrassom, o homem descobriu que havia uma "sombra" de 2 cm na glândula salivar inferior direita —e que claramente não era um dente. O problema, na verdade, era um sialolito gigante, ou uma calcificação na glândula.
A pedra, então, foi removida por meio de uma cirurgia e, com o tempo, a dor e o inchaço desapareceram.
A explicação para a formação desses cálculos ainda não está clara. Mas existem teorias de que a consistência da saliva muda por algum motivo e se torna mais semelhante a um gel, criando uma massa calcificada. Outras ainda acreditam que a culpa seria de bactérias ou células epiteliais que ficam presas no trato salivar.
Geralmente, os sialolitos não passam de 1 cm, são encontradas com maior frequência na glândula submandibular e afetam mais homens que têm entre 30 e 50 anos. É por isso que o aparecimento de sialolito gigante, semelhante a um dente impactado, leva a erros de diagnóstico.
Os cirurgiões envolvidos no caso da Índia reforçaram o uso da ultrassonografia para fazer diagnósticos corretos de várias lesões orais, incluindo as da glândula salivar, malformações vasculares, abscesso orofacial e cistos e tumores da mandíbula. "É seguro, rápido, não invasivo e relativamente barato, com alta sensibilidade e especificidade no diagnóstico de patologia dos tecidos moles da boca e lesão superficial da mandíbula".
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