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Gabi Brandt amamenta filho de cunhada e é criticada; prática é segura?

Reprodução/ Instagram
Imagem: Reprodução/ Instagram

Priscila Carvalho

Do UOL VivaBem*, em São Paulo

09/07/2019 17h00

A blogueira Gabi Brandt foi criticada nas redes sociais nesta segunda-feira (08) depois de amamentar João, o filho da cunhada Sarah. Algumas pessoas questionaram se o ato era saudável e quais prejuízos que o bebê poderia sofrer.

De acordo com a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), a "amamentação cruzada" (quando uma mulher aleita o filho de outra) é perigosa. Dar de mamar ao filho de outra mulher oferece risco de transmissão de doenças infectocontagiosas, como o HIV, sobretudo para as crianças.

"Toda a população deve dar suporte para as mães que amamentam. Contudo, para tanto, é preciso evitar que práticas não recomendáveis, como a amamentação cruzada, sejam difundidas, o que pode confundir e causar problemas graves", diz Luciana Rodrigues Silva*, presidente da entidade.

Abaixo, explicamos qual a relação e perigos da prática.

Amamentação cruzada pode transmitir doenças?

Sim. O bebê pode ser contaminado por uma doença infecto-contagiosa, como Aids e até hepatite B. Nesta última, caso o bebê não tenha recebido todas as vacinas e a mulher tiver o problema, ela transmitirá por meio do leite materno ou em casos de sangramentos no mamilo por trauma mamilar.

Quando foi contraindicada?

A partir de 1985, a amamentação cruzada passou a ser contraindicada. Hoje, a recomendação feita pelo Ministério da Saúde e pela OMS (Organização Mundial da Saúde) é que quem possua o vírus HIV e o HTLV não pode amamentar.

Se a mãe não consegue amamentar, o que deve ser feito?

O indicado é levar o bebê ao pediatra ou médico de confiança para buscar alternativas que ajudem na alimentação da criança. Caso não seja possível nenhum tipo de auxílio, o ideal é que a mãe busque Banco de Leite Humano.

Qual a diferença do leite do banco de leite para o leite de outra pessoa?

A principal diferença é que leites de banco são tratados, pasteurizados e, por isso, diminuem o risco de transmissão de doenças. E mesmo que a mãe esteja com a saúde em dia e exames em ordem, ela não deve amamentar bebê que não seja o dela.

Existe leite fraco?

Não. De acordo com os médicos, isso é um mito. Não existe momento que a mãe esteja produzindo leite fraco, e sim, menos leite. "A amamentação deve ser estimulada, pois é o único processo natural que garante acesso ao alimento completo e mais adequado para as crianças", afirmou o comunicado. "Por isso, deve ser oferecido, de modo exclusivo, nos seis primeiros meses, podendo ser complementado a partir de então".

*Com informações de matéria publicada 28/03/2018 e do Instituto Nacional de Saúde Mulher, da Criança, e do Adolescente da FioCruz.

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