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Estudo explica como o corpo se recupera da falência de órgãos

gorodenkoff/iStock
Imagem: gorodenkoff/iStock

Do UOL VivaBem, em São Paulo

01/04/2019 12h42

A falência de um órgão pode ser fatal em muitos casos, mas, de acordo com uma série de pesquisas, seus rins, coração e fígado têm mecanismos naturais para se proteger do quadro.

Publicada em 29 de março na revista Trends in Molecular Medicine, uma revisão de vários artigos aponta que dois conjuntos de células respondem rapidamente e trabalham juntas para restaurar um órgão que não funciona ou que está falhando.

O que o estudo revelou

  • De acordo com a revisão, primeiro, as células sobreviventes entram em ação, trabalhando para manter o órgão funcionando enquanto células semelhantes a um tronco substituem o tecido danificado;
  • Além da regeneração celular comum, as células de órgãos específicos, como o coração, os rins ou o fígado, são programadas para realizar tarefas específicas, somente células semelhantes são capazes de rapidamente dividir e substituir tecidos danificados;
  • A célula específica então replica o seu DNA, mas não se divide, o que é um processo conhecido como endorreplicação. Ao fazer isso, a célula ainda é capaz de funcionar;
  • Simultaneamente, ou logo após as células terem endorreplicado, você tem as células semelhantes a um tronco se dividindo rapidamente para reabastecer o tecido perdido.

De acordo com os pesquisadores, cada órgão responde uma forma diferente. O coração tende a ter menores densidades de células semelhantes a caules do que o fígado, por exemplo, o que significa que o coração responde à falência de órgãos em grande parte com a endorreplicação de células especializadas e em menor grau com a regeneração celular.

No futuro, a equipe espera aplicar essas informações ao desenvolvimento de tratamentos para insuficiência aguda de órgãos. "Atualmente, não temos medicamentos específicos para insuficiência aguda de órgãos, porque tentar encontrar uma solução era totalmente impossível. Agora, podemos dar o próximo passo", explicou Paola Romagnani, principal responsável pela revisão.

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